Friday, June 16, 2006

FESTA AZUL AO SOM DO TANGO


Argentina e Sérvia-Montenegro fizeram apenas cinco minutos de uma igualdade fictícia na qual parecia que a força física seria capaz de barrar a técnica. Logo Sorín tocou para Saviola que viu Maxi Rodríguez penetrando em velocidade. O atacante passou para Maxi que, na entrada da pequena área, chutou com precisão e acabou o jogo. A superioridade argentina foi evidente em campo. A Sérvia não apresentava perigo e, para gáudio argentino, deixava jogar. Era o que bastava. O segundo gol, aos trinta minutos, selou a sorte no gol mais bonito, até agora, da Copa finalizado depois de perfeita troca de passes entre os argentinos. Riquelme, que tabelou com Saviola, inverteu o jogo para Cambiasso, que tabelou com Crespo, recebeu um toque de calcanhar na área e bateu, meio sem jeito, mais certo de pé esquerdo. Golaço. Aos 40 minutos, numa jogada meio estranha, Saviola roubou a bola do adversário pela direita, penetrou área e chutou de bico. O goleiro Jevric espalmou e a bola sobrou livre para Maxi Rodríguez chutar mal, é verdade, mas o suficiente para a bola tocar na trave e escorrer para as redes. De novo, no segundo tempo as coisas pareciam equilibradas, mas colocaram Carlitos Tevez, que fez sua estréia no Mundial no lugar de Saviola e o atacante Lionel Messi, grande esperança e promessa da seleção portenha no Mundial, com vontade de jogar. E Messi, mal entrou, recebeu uma bola Sorín e partiu em velocidade pela esquerda para cruzar para Crespo entrar dividindo e marcar.Tevez viu que estava fácil e arrancou pela esquerda, tocou por debaixo das pernas do zagueiro, limpou outro adversário e bateu no canto esquerdo para fazer o quinto. E aos 43 minutos Messi recebeu bom passe de Tevez pela direita e com força e precisão acertou os números finais da partida. Foi um lindo passeio azul ao som do tango e da festa, também azul, dos torcedores argentinos. Só houve um time em campo e, quando assim acontece, um domínio indiscutível não há muito o que comentar fora os gols. O resultado coloca a Argentina nas oitavas cheia de entusiasmo e moral.

(A foto do jogador isolado é de Riquelme, camisa 10, o nome do jogo. Deitou e rolou, com sol fez chover).

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