Friday, June 09, 2006

ERROS MATAM A POLÔNIA

Muito vermelho faz Polônia amarelar
Certamente se esperava muito mais da Polônia. O Equador, por mais que tenha apresentado, em outros tempos, um ou outro jogador habilidoso jamais fez um time de respeito, logo dele se esperava muito menos. Ambos fizeram uma partida bem abaixo de suas próprias possibilidades. Foi uma partida muito fechada, muito truncada, de faltas freqüentes, enfim um jogo medíocre mesmo que me fez dormir literalmente. Saído do movimentado Alemanha e Costa Rica havia me preparado para ver algo melhor. Não vi. E estava difícil ver alguma coisa, exceto que a Polônia apresentava maior tranqüilidade, mais domínio dos nervos, embora com domínio da bola demonstrasse pouca objetividade. Não sentindo perigo no adversário o Equador começou a gostar do jogo, equilibrou as ações e passou a criar problemas. E saiu o gol dos sul-americanos da cobrança de lateral ensaiada, aos 23min, De La Cruz arremessou a bola forte e Delgado escorou para Carlos Tenório, que desviou de cabeça para as redes. O gol fazia jus à partida: foi um gol de desatenção e de falha. Uma defesa não pode tomar gol de troca de passes de cabeça vinda de um lateral. Trata-se de um atestado de falta de preparo e de empenho.
O jogo continuou no meio campo com raras oportunidades sempre desperdiçadas. E somente no segundo tempo a Polônia resolveu buscar com mais empenho o ataque. Só tinha como jogada forte os escanteios. Já estava na metade final do segundo tempo e, por ineficiência nada acontecia. E, como castigo, quando mais parecia estar bem, apertando o cerco, uma jogada de contra-ataque pegou a defesa, mais uma vez, desprevenida e deixou Delgado à vontade na cara do gol. Foi chutar e sair para comemorar, aos 35min, estava selado o fim polonês. Talvez o que melhor explique a partida é que Delgado foi considerado o melhor em campo. E só se explica por ter definido a partida. Ou seja, poderia ser qualquer um que tivesse empurrado a bola para dentro, embora, ao meu ver, Carlos Tenório foi muito mais efetivo e implacável e, na verdade, a Polônia, pelo jeito, seria incapaz de ter feito um gol sequer. Dizem que há sorte e azar em tudo. No futebol em especial. Assim duas bolas na trave podem explicar porque o jogo não terminou empatado. Pode ter sido azar, em ambos os casos, porém minha visão é de que o azar, no futebol, em geral é muito ajudado pela falta dos fundamentos do esporte. Seja como for o Equador mereceu a vitória por ter sido mais eficaz e é só. O futebol que apresentou o habilita a sair desta chave como o segundo classificado junto com a Alemanha-dificilmente será diferente. A questão é que se trata de uma equipe de segundo escalão. E vai se classificar menos por méritos próprios e mais pela fraqueza dos concorrentes.

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