A Zebra diz presente
O
Uruguai jogando contra Costa Rica seria, em geral, uma situação em que se poderia
cravar a Celeste sem nenhum receio. E, quando a partida começou, a sensação que
se tinha, com o Uruguai pressionando e a Costa Rica bem fechada foi a de que teriam
alguma dificuldade, mas, iriam ganhar. O grande problema foi que, com o tempo, o
Uruguai continuava a ter dificuldades de criar jogadas e a seleção
costarriquenha começava, aqui e ali, a gostar do jogo e até começou a aparecer
a qualidade de Campbell perturbando Godín e Lugano dando a impressão de que
podia acontecer algo diferente. Não aconteceu. Aconteceu mesmo uma grande
bobeira de Junior Diaz que, infantilmente, agarrou Lugano dentro da área.
Pênalti feito e marcado Cavani, que não estava lá para brincar, fez o que tinha
de fazer e, com uma perfeição que, mesmo Navas pulando no canto certo, não
conseguiu alcançar a bola.
Depois do gol com a torcida uruguaia fazendo festa parecia que tudo
voltava a ser como era previsto. Não foi. Costa Rica, ainda que de modo tímido
começou a atacar e o Uruguai se fechou com a convicção de que seria questão de
tempo aproveitar uma oportunidade e matar a partida. E quase que o gol saiu
mesmo depois de chute de Forlán que desviou na zaga e quase enganou Navas, que
se virou para colocar para escanteio numa defesa sensacional mostrando que não
foi o melhor goleiro da última temporada
do Campeonato Espanhol à-toa. No segundo tempo a toada não mudou, porém, Costa
Rica se tornou muito mais ofensiva e utilizar mais as bolas aéreas, a partir de
lançamentos de Bolaños. E foi num lançamento dele que a bola rolou até
encontrar Campbell livre na área que não perdoou e deixou Muslera sem pai, nem
mãe vendo a bola entrar na sua meta. Até
que, a partir daí o Uruguai tentou assimilar o golpe e jogar diferente, mas,
era tarde demais, pois, depois da queda veio o coice e Bolaños com mais um
cruzamento achou Duarte que, de peixinho, cabeceou como se tivesse nascido para
virar jogo contra uruguaios. Fatal, inapelável. Bem que Óscar Tabárez tentou organizar
o que desorganizado estava, porém, não deu. A Celeste avançava abrindo espaços
na defesa que davam mais chance de aumentar do que empatar o jogo. O tempo
passando e como nada acontecia tudo caminhava para terminar em 2x1. Só parecia.
Para completar a tragédia uruguaia colocaram Ureña em campo substituindo Ruiz.
A primeira bola que recebeu, um passe perfeito de Campbell, foi o denominado
beijo da morte. Na corrida saiu de campo e deixou a bola entrar límpida,
perfeita, encaixada na rede para cearense nenhum botar defeito. Pai d’égua! A
zebra bem pintada desfilava solene no Castelão. Com direito a cereja do bolo: Maxi
Pereira agrediu Campbell e foi expulso. O Uruguai, no Ceará, bichim, não deu
sorte.
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