A INSUFICIÊNCIA GERAL
Não assisti aos 2x0 que a Itália meteu em Gana. De tudo que li a respeito parece que jogaram o suficiente para vencer e os africanos o insuficiente para empatar. Contam que foi um jogo de igual para igual com os de Gana demonstrando até mais vontade, mas faltou competência na hora de finalizar. Também, por insuficiência de tempo, não vi a Austrália matar o Japão nos sete ou oito minutos finais. Somente me surpreende demais o Japão levar três gols. Jogam e correm muito. São muito atentos. Então ou a atenção foi insuficiente ou o gás. E dizem que a Austrália é pura força física. Contam que o juiz não deu um pênalti (um brasileiro, naturalmente). Mas, em compensação, para que a mãezinha do juiz durma impune, o gol do Japão (que vi num tape) me pareceu bastante irregular. O goleiro australiano foi sacado da jogada sem dó. Se aquilo não for falta no goleiro então vale tudo no jogo. De qualquer forma quem leva tantos gols em tão pouco tempo numa Copa mesmo que faça das tripas coração não deve ter muito futuro. E ganhar do Brasil e da Croácia ou empatar com um e ganhar do outro é uma tarefa muito difícil para qualquer time desta Copa de equipes tão insuficientes. Não assisti também Coréia 2X1Togo, porém dou por assistido e aposto na Coréia como um dos que passarão adiante. É um time burocrático e rápido que joga como se esperaria que o Japão jogasse. Se mantiver o ritmo vai dar trabalho. No meio da insuficiência geral o jogo França 0x0 Suíça daria um belo exemplo de como se fazer um resumo de correr muito, jogar pouco futebol e perder as oportunidades, pouca, que aparecem. Não duvido que a França possa perder para a Coréia e, se duvidar muito, do Togo ou até empatar-o que é mais lógico. A França que aparece nesta Copa é uma repetição da equipe passada. Possui a mesma e exemplar apatia de quem parece jogar como se não estivesse jogando. Zidane, a quem não se pode negar qualidade, parecia uma barata tonta em campo. Suou muito mais do que jogou bola. E deve ter sido o melhor de sua equipe concorrendo com o goleiro Barthes, que pegou as poucas bolas que o incomodaram. O que sobrou-na França e na Suíça-foi a insuficiência flagrante para praticar um bom futebol. Correr até que correram, porém futebol que é bom não se viu mesmo. E, perto do fim, as vaias festejaram a insuficiência em campo. Os suíços chegaram a gostar do jogo e dar a impressão errada de que poderiam liquidar a partida, todavia o 0x0 estava escrito em alguma tábua imemorial não descoberta pelos arqueólogos com uma explicação em sumério de que o placar representava ao mesmo tempo um prêmio e um castigo. Castigo mesmo foi assistir a pelada. Os times se mostraram muito ruins. Deveriam devolver o dinheiro do ingresso para quem foi ao estádio e pedir desculpas.
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