Um empate no último minuto
Foi mais um jogo que
não foi lá essas coisas, mas, compensou por ter se tornado, em muitos momentos,
emocionante com gols inesperados e até de barriga. Para Portugal era uma
questão de sobrevivência de modo que partiu para dominar a partida e começou
vencendo logo aos 5 minutos. Num cruzamento de Miguel Veloso, o zagueiro
Cameron afastou mal e sobrou no pé de Nani que acertou um foguete no alto do
gol de Howard: 1 a 0. Aliás, continuaram a sair de seus pés as melhores jogadas
e chances de Portugal. Mas, o calor fazia o jogo ter um passo cadenciado. Não é mole correr numa temperatura de 32 graus
com o enorme desconforto que advém da ar úmido da capital manauara. Os dois
times suavam a camisa visivelmente sem muito resultado prático. E foi ainda de
Nani um chute que obrigou o goleiro americano a fazer uma defesa fundamental ,
aos 41 minutos, depois de lançamento de Cristiano Ronaldo. Três minutos mais,
deu outra bomba, que acertou o poste, e, na sequência, Éder quase marca, mas,
Howard impediu outra vez.
Sem grandes alterações
até que, no começo do segundo tempo, o time de Jurgen Klinsmann tentou repetir
a pressão da partida contra Gana. Porém, não conseguiam e os americanos
arriscavam somente de longe, com Bradley e Zusi. Portugal ainda estava melhor
quando num contra-ataque, aos 10 minutos da etapa final- do lado esquerdo, o
lado mais frágil da defesa portuguesa, os americanos exploraram mais uma vez e
a bola sobrou para Bradley finalizar e, Ricardo Costa interrompeu a trajetória
da bola quase em cima da linha salvando Portugal. Era já um sintoma de que os
EUA buscavam o empate que só veio, aos 18 minutos, quando o volante Jermaine
Jones aproveitou o rebote da cobrança do escanteio, limpou o lance para o meio
da área e, no melhor estilo Messi, chutou forte, com efeito, para fazer o gol.
O técnico português Paulo Bento tentou rearrumar Portugal colocando Varela como
ponta-esquerda e manter Ronaldo na área. E se nada dava certo, para piorar, aos
36 minutos, DeAndre Yedlin disparou pela direita e cruzou. A zaga afastou mal e
Zusi pegou para cruzar e Clint Dempsey, de barriga, desviar para fazer
2x1. Portugal tentava, tentava sem muita inspiração. Tudo indicava que ia perder mesmo com 5 minutos
mais de prorrogação. Mas, os caprichosos deuses
do futebol resolveram que havia sido castigo demais para Cristiano Ronaldo, em campo sem muitas condições físicas, e lhe
deram uma oportunidade de fazer algo no jogo. Praticamente no último lance, o Cristiano Ronaldo recebeu uma
bola limpa e cruzou, com açúcar, para Varela decretar um empate que ninguém mais
esperava. Coisas do futebol e mais uma surpresa nesta Copa das surpresas.
Porém, mesmo assim, Portugal dificilmente escapa de voltar mais cedo.
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