E Costa Rica aprontou mais uma vez
Sem frevo (o jogo
esteve mais para uma valsinha), mas, com muito calor, no Recife, Costa Rica se
firmou como a surpresa Copa do Mundo. Com uma rodada de antecedência, a seleção
da América Central garantiu uma vaga nas oitavas de final no grupo D, de
passagem, eliminando a Inglaterra e
forçando Itália e Uruguai a um jogo de vida e morte para decidir quem segue na
competição na próxima terça. Claro que, no início do certame ninguém esperaria
muito da Costa Rica, que superou as atuações anteriores da equipe nas Copas -
jamais o país havia ganho duas partidas seguidas. Era mesmo tido como mais
fraco time do grupo denominado de “grupo
da morte” por ter três campeãs mundiais. E, mesmo tendo, na primeira rodada,
sido a algoz do Uruguai, superado por 3 a 1, ainda não se acreditava muito que
pudesse ganhar da Itália.Vão engano.
A questão é que Costa
Rica tem um bom conjunto e se posta muito bem na parte defensiva, troca passes
com precisão e tem um contra-ataque rápido que, nem sempre, é muito efetivo,
mas, contra a Itália só precisou ser uma vez. A verdade é que a Itália, apesar
de ter a iniciativa e mais posse de bola jogou de forma muito lenta. Pode ser
que o desgaste físico do jogo contra a Inglaterra tenha influído, porém, não é
esta minha opinião. Claro que foi mais difícil jogar com o calor de 30 graus,
contudo, o meio de campo italiano joga mesmo de forma lenta e faltou
inspiração. Oportunidade de abrir o placar a Itália teve nos pés de Balotelli que
não foi feliz ao tentar cobrir o goleiro. Sem dificuldades na defesa Costa Rica
se deu ao luxo de atacar e foi criando problemas. Aos 42 minutos Campbell foi
empurrado na área por Chiellini e o árbitro não marcou pênalti. Aos 44 minutos, porém, num cruzamento da
esquerda, Bryan James cabeceou a bola que bateu no travessão e caiu já dentro
do gol de Buffon. Foi o que bastou.
No segundo tempo se
manteve o ritmo do primeiro. Um jogo lento no começo e com uma leve iniciativa
italiana que não se transformava em ataques consistentes. Só uma vez ou outra,
mais por erros da defesa que pela capacidade de atacar dos italianos- o que só
faziam pelo meio buscando Balotelli-mantinha o jogo sem mudança, inclusive do placar.
No fim Costa Rica esteve mais perto de fazer outro que a Itália de modificar
sua sorte. E assim o único time que não foi campeão do mundo no grupo faz
história e se classifica vencendo dois dos times considerados com capacidade de
estar nas finais. Já não é surpresa para ninguém. Virou osso duro de roer.
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