Bélgica confirma favoritismo com dificuldade
A Bélgica, uma equipe
de jogadores de muita técnica de grandes clubes europeus, ao voltar a disputar
a Copa, depois de duas edições, estava sendo cotada como uma das seleções com
grandes possibilidades de aparecer entre os finalistas. Não é para menos, pois,
tem estrelas como o goleiro Courtois, campeão espanhol pelo Atlético de Madri,
o zagueiro Kompany, campeão inglês pelo Manchester City, e o atacante Hazard, um
dos maiores destaques do Chelsea. Mas, encontrou na Argélia um time muito bem postado
com duas linhas compostas por nove homens que não deixavam as jogadas serem
armadas até porque estavam sendo armadas em compasso de valsa. A Bélgica se
mostrava, no primeiro tempo, um time lento e sem criatividade. Num determinado
momento, como a Argélia não atacava, até pareceu que iria se repetir o fiasco
de Irã e Nugéria, do Grupo F, que protagonizaram o primeiro empate sem gols da
Copa. Até que, na única jogada que conseguiram criar, o atacante Feghouli
sofreu um pênalti que converteu em gol com extrema precisão. Embora tentando
acelerar o jogo os belgas nada conseguiram fazer de concreto no primeiro tempo.
No segundo tempo o técnico
Vahid Halilhodzic começou por colocar Mertens e Origi, para acelerar o meio
campo e tirar Lukaku, que não rendeu muito, e colocar Fellaini para tentar
melhorar o ataque. E as substituições deram certo com o time conseguindo obter
mais espaços e se passar a ser mais contundente no ataque tanto que, aos 22min,
Origi recebeu em profundidade e tocou na saída de M’Bolhi, com o goleiro fazendo
uma grande defesa. Finalmente de tanto persistir, aos 25min, De Bruyne lançou
pelo alto, da ponta esquerda, uma bola que Fellaini desviou de cabeça empatando
a partida – sem defesa a bola ainda tocou no travessão antes cair na rede. A
Argélia não conseguiu, em momento algum mais demonstrar reação. O declínio
físico foi visível e o time estava tão acostumado a se defender que não sabia
mais o que era atacar. O resultado é que não resistiu. Hazard puxou um
contra-ataque, aos 34 minutos, arrastou a marcação para a esquerda e passou a
boca para direita, onde Mertens recebeu somente para bater virar o placar.
Fellaini quase fez outro, em boa cabeçada, com outra grande defesa de M’Bolhi.
Ainda quase apronta outra vez, depois, mais escorregou na hora h. E foi só,
fora a festa que a torcida da Bélgica fez no Mineirão.
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