Prevaleceu o talento holandês
Holanda e Austrália
fizeram um jogo em que se alternaram momentos sonolentos, com algumas passagens
vibrantes, gols bonitos e muitas faltas. No fim quem foi assistir não teve
queixas, porém, a grande realidade é que a Holanda começou a partida meio
desinteressada, como se fosse apenas cumprir mais uma partida e a Austrália bem
posicionada marcava bem os três melhores jogadores do adversário, Sneijder
Robben e Van Persie, que ficaram apagados durante um bom espaço do primeiro
tempo. A Austrália, mesmo sem produzir jogadas capazes de ganhar o jogo, conduzia
a partida. Ocorre que, na luta entre um padrão mecânico de jogo e o talento,
este último brilhou quando, em rápido contra-ataque, Robben carregou a bola
sozinho por toda a esquerda e chutou com precisão para fazer 1 a 0 aos 20
minutos. Se, com o gol parecia que se poderia modificar o panorama, mal a bola
saiu acertaram um cruzamento da direita, para o destro Cahill que, de sem pulo,
chutou forte, de perna esquerda, batendo o goleiro holandês Cillessen num dos
mais belos gols da Copa. E o primeiro tempo continuaria a ser o que tinha sido:
um jogo de muitas faltas, movimentado, mas, sem lances de boa qualidade que ensejassem
novos gols.
No segundo tempo a partida
não se iniciou muito diferente. Uma Holanda apática seguia sendo dominada pelo
jogo mais consistente, e mecânico, da Austrália, que chegou à virada aos 9
minutos, num pênalti claro de Janmaat, que, sem querer, desviou a bola com o
braço dentro da área. Jedinak bateu e decretou a surpreendente virada: 2 a 1. O
gol, pelo menos, serviu para ligar o alerta para o time holandês que não se
acertava. O que deu certo foi, novamente, a qualidade da equipe. Depay achou,
num lançamento preciso, Van Persie que, implacável, chutou de esquerda no
ângulo empatando de novo. O gol, no momento em que a Austrália estava muito
melhor, revigorou a Holanda que passou a ser mais incisiva e logo fez outro
gol, desta vez do atacante Depay, que chutou de longe e o goleiro aceitou uma
bola defensável. A virada acendeu a Holanda, que passou a atacar muito mais e
controlar a Austrália, porém, o placar seria mais movimentado. A Holanda deu
para o gasto mostrando que, mesmo num dia ruim, tem jogadores de talento e
carimbou sua passagem para a outra fase.
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