Não fizeram o dever de casa
Dizer que o Brasil
jogou mal é não reconhecer a qualidade do time do México. Nem o Brasil foi
burocrático. É melhor dizer que o Brasil, não foi brilhante num jogo que foi um
pouco melhor que o adversário e dar o mérito a quem tem direito. Em primeiro
lugar ao técnico mexicano que posicionou seu time para jogar no contra-ataque
e, em segundo lugar, ao grande nome do jogo: o goleiro Ochoa. Fez uma defesa
consciente e excepcional numa cabeçada de Neymar e defendeu duas bolas que não
saberia explicar como não entrou, mas, goleiro sem sorte nunca foi bom goleiro
e ele teve. Viva Ochoa! Para lembrar o passado ele é o Castilho mexicano,
goleiro que ficou famoso pela que chamamos de leiteria, quando a qualidade não
resolve, a sorte resolve. Claro que quem vibra, e vibrou, com ele foi o México.
Para nós foi um verdadeiro carrasco. O culpado maior por um jogo sem gols.
A grande realidade é
que ao time do Brasil continua faltando um meio de campo consistente. No jogo
anterior, mesmo extremamente louvado, Oscar foi um volante. E Paulinho, como no
jogo contra o México, não reeditou suas grandes atuações da Copa das
Confederações. Luiz Gustavo é um jogador excelente na marcação, mas, arma
pouco. O Brasil sofre sem meio de campo. Fred não recebeu uma bola boa. Neymar
é obrigado a tentar ser a solução. Não vai ser sem resolverem o problema do
meio de campo. Ramires foi o bobo da corte, inclusive fazendo uma falta onde
não devia. Aliás, é inexplicável como um jogador tão bom tecnicamente tem uma
propensão tão grande para levar cartão amarelo por bobeira.
A verdade é que, ao meu
ver, Felipão errou, ao trocar Ramires por Bernard. O nome bom era William e
trocar Fred por Jô é seis por meia dúzia. Depois tirou Oscar para colocar,
finalmente, William. O ideal seria ter tirado Paulinho, que não vem jogando o
que se espera dele, e tentar fazer o time jogar com Oscar, Ramires e William. O
que vai adiantar dizer isto agora? Felipão tem seus conceitos e sua visão do
jogo. Tudo bem. Sorte nossa que o México que jogou com uma concepção de
contra-ataque não acertou, não encaixou
nenhum. Porém, foi um jogo de duas boas equipes com maior capacidade de defesa
que de ataque. O jogo, sejamos justos, poderia ter sido 1 a 0, para qualquer
lado, no entanto, para um time que deseja ser campeão como o Brasil tem um
sabor desagradável: demonstra que somos um time ainda em busca de sua melhor
formação. Não é o fim do mundo. Mas, tanto pode se o começo do fracasso como do
sucesso. De qualquer forma os mexicanos devem estar mais felizes que os
brasileiros. A obrigação de ganhar era do Brasil. Não fizeram o dever de casa.
Vão ter que fazer em cima de Camarões.
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