Uma despedida melancólica
Para coroar uma
participação vexaminosa do Brasil, na disputa pelo terceiro lugar, antes dos
dois minutos, ao fim de uma tabela de Van Persie e Robben, este foi agarrado perto da área por Thiago Silva. E para uma partida melancólica nada melhor que
um árbitro de igual teor, daí ter dado pênalti, que Van Persie, sem perdão,
converteu. Até que, de forma atabalhoada, o time brasileiro tentou fazer alguma
coisa, mas, o que conseguiu foi provar que não era mesmo seu dia, pois, até David Luiz voltando, de cabeça, conseguiu ajeitar
um cruzamento de De Guzmán, para que, dentro da área, sem marcação, Blind não
tivesse problema em fazer 2 a 0 aos 16 minutos. Se o jogo estava ruim, então,
no primeiro tempo conseguiu ficar pior sem que houvesse uma coordenação sequer
razoável dos brasileiros em campo, enquanto, satisfeitos, os holandeses tocavam
a bola, marcavam e esperavam uma oportunidade para fazer outro. A torcida bem
que tentava apoiar, mas, cansada, vez por outra, ensaiavam uma vaia, talvez, para
espantar o tédio da partida ruim.
No segundo tempo
até que Felipão quis dar mais dinamismo ao time, trocou Luiz Gustavo por
Fernandinho. O volante, todavia, só aparecia cometendo faltas. Fez mais uma
tentativa com Hernanes no
lugar de Paulinho, e reforçou a capacidade de chutar as pernas dos adversários.
Na única bola que poderia ter feito um gol Ramires, que foi uma sombra de
jogador nesta Copa, conseguiu chutar uma bola que, a rigor, foi a única chance
de gol construída pelo time. Depois foi substituído por Hulk que ficou verde de
correr sem efetividade, pois, o único chute que deu para o gol esteve longe de
ameaçar o gol de Cilessen, um espectador privilegiado que somente pegou uma
bola de uma falta batida por David Luiz no centro de sua meta. Nem mesmo o
cansaço de um adversário que jogou 30 minutos de prorrogação um dia após o
vexame verde e amarelo fez qualquer diferença. Só Robbens se destacava pela
capacidade de criar problemas e Oscar que, mais pelo esforço e a criatividade,
dava trabalho à marcação bem postada. O Brasil se arrastava com mais posse de
bola inútil em campo sem produzir nenhuma ameaça real ao gol holandês. No último minuto Janmaat recebeu de Robben
pela direita e cruzou para conclusão de Wijnaldum para dar o golpe de misericórdia numa participação lamentável
da seleção brasileira. Era o terceiro gol, e o décimo em duas partidas
que Júlio César tomava, e, diga-se que este foi defensável, para coroar o final
previsível de uma despedida melancólica da Copa do Mundo de 2104 para a seleção
brasileira.
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