Mais uma vitória dramática e complicada
O Brasil entrou em
campo contra a Colômbia, embora com toda a confiança que a torcida depositava no
time, sob o signo do receio, do medo. A rigor a Colômbia jamais foi um
adversário que assustasse o Brasil, como assustou nesta sexta-feira. E, muito
mais do que isto, foi uma vitória com um custo altíssimo, de vez que, ao
conseguir retirar da Copa Neymar e, pelo menos contra a Alemanha, suspender o
capitão da equipe, Thiago Silva, fez um estrago notável. Em campo, pelo menos
no início, a boa marcação brasileira não permitiu que a Colômbia jogasse. O
time do Brasil, mesmo sem que tenha feito um grande jogo, se postava com
seriedade, marcava bem e, quando não conseguia resultados no jogo, não hesitava
em apelar para faltas. Daí ter sido também um jogo truncado, de muitas faltas,
de falta de passes que, por sinal, não saíam bem. Em grande parte o Brasil
administrou a partida graças ao fato de que, logo aos 6 minutos, num escanteio
cobrado por Neymar, Fred e David Luiz puxaram a defesa da pequena área e a bola
sobrou livre para Thiago Silva só completar. Com o Brasil ficando a frente do
placar, no primeiro tempo, a Colômbia somente conseguiu chegar uma vez com
perigo num chute de Cuadrado para fora. A superioridade ficou latente no fato
de que o time brasileiro deu 21 chutes a gol contra 13 da Colômbia. Na posse de
bola, o Brasil dominou com 59% a 41%.
O jogo estava, sob
todos os pontos de vista fácil, tanto que o Brasil chegou a ter, no início do
segundo tempo, 69% de posse de bola contra 31% da Colômbia, parecia caminhar
para um final sem dramas para o Brasil quando, de falta, aos 22 minutos, fez o segundo gol, por meio de David Luiz. A
Colômbia tentou, da forma que podia, colocar pressão no jogo. Não conseguia se
acertar até que aos 31 minutos Bacca recebeu um passe na área e foi derrubado
por Júlio César. Pênalti que James Rodriguez, artilheiro do certame, cobrou e
converteu fazendo seu 6º gol na Copa. Daí para a frente os colombianos
injetaram mesmo pressão no jogo e, Felipão, fez substituições tipicamente
defensivas tirando Hulk e colocando Ramires; Paulinho sendo substituído por
Hernanes e, quando Neymar saíu machucado, colocou mais um zagueiro, Henrique.
Não é de espantar que a posse de bola colombiana tenha crescido e quase se
igualado (Brasil 51% a 49%) e que, apesar de controlar a partida, os minutos
finais tenham sido dramáticos. O Brasil
venceu. Venceu pela raça, pelo empenho. E, menos pelo seu forte, os homens de
linha, que pelos seus zagueiros que foram lá na frente marcar. E, sem Neymar, deixa sérias dúvidas de que possa ir até a
final. Não é que não tenha um bom time, talvez, o melhor em valores
individuais, porém, não tem mostrado um padrão de jogo e suas vitórias parecem
um parto complicado: nunca se sabe se a criança vai se salvar.
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