Uma volta para ser esquecida
A Colômbia voltou
a manter o seu padrão de jogo com muito toque de bola e rapidez nas jogadas de
área, porém, mesmo assim encontrou o Uruguai bem postado, um time que tem as
características de jogar retrancado, daí, que, apesar de ser melhor, não
conseguia muito sucesso com o seu jogo coletivo. Até sair o gol de James
Rodriguez, aos 27 minutos, não se havia visto nenhuma jogada que se pudesse
classificar de perigosa. Foi o brilho do camisa 10 colombiano, que, mais uma
vez, fez a diferença, pois, dominou a bola no peito, ajeitou e soltou uma bomba
com a bola batendo no travessão para entrar sem que Muslera pudesse fazer nada.
Obrigado a ir buscar o empate o Uruguai se mandou e, numa cobrança de falta de Cavani, aos 32, quase empatou com
a bola passando próxima, e por cima, do gol colombiano. O jogo, no entanto,
ficou truncado até o final do primeiro tempo quando um chute de Stuani, que
Ospina espalmou para escanteio, quebrou a monotonia.
Era de se esperar que o Uruguai voltasse com
disposição para virar o jogo. Pode até ter tido a intenção, contudo, aos quatro
do segundo tempo, Armero lançou Cuadrado na área. O atacante cabeceou para trás
colocando James Rodriguez, novamente ele, bem colocado na pequena área, para
somente empurrar para o fundo das redes. Uma jogada espetacular que coroava o
bom futebol de que se transformava, com o seu quinto gol, no artilheiro isolado
da Copa. O Uruguai partiu para o tudo ou nada. E, mesmo sem inspiração,
sentindo a falta de seu matador Suárez, tinha maior dificuldade ainda de ser
efetivo. Se bem que, mesmo assim, aos 18, Cristian Rodriguez chutou de fora da
área para parar em Ospina. E não foi diferente quando, aos 32, Maxi Pereira
chutou na saída de Ospina, que voltou a pegar. Seis minutos depois, Cavani
bateu da entrada da área, rasteiro, e o goleiro colombiano fez outra bela
defesa. E, por mais que Tabarez tentasse uma forma do Uruguai ficar mais rápido
e mais ofensivo suas estratégias paravam no maior domínio da bola do time
colombiano que contou com mais uma bela atuação de James Rodriguez, um meio-esquerda
clássico e de habilidade, muito ajudado por Cuadrado e Zuñiga, e pela também
grande atuação de Ospina. Com o resultado a Colômbia é o próximo, e difícil,
adversário do Brasil. E o Uruguai voltou ao Maracanã para ser eliminado. O
palco das glórias antigas foi o carrasco das pretensões do Uruguai que ainda
teve de amargar um desempenho medíocre de uma das suas grandes estrelas. Fórlan,
que foi o melhor jogador da Copa passada, se despediu melancolicamente sem
mostrar nem sequer lembrança do seu brilhante futebol que fez uma imensa falta
ao time celeste. A volta do Uruguai ao
templo do futebol somente há de ser lembrada pela festa amarela dos colombianos
com seus dois belos gols. Para o Uruguai é uma página a ser virada e esquecida.
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