Pela segunda vez os pênaltis decidem quem continua
Sob qualquer aspecto
que se analisar, fora a emoção de ser um mata-mata, Costa Rica e Grécia fizeram um jogo muito ruim por absoluta
falta de qualidade técnica. Em determinados momentos a má qualidade da partida estourou
o limite de paciência dos torcedores que vaiaram seguidamente os jogadores. A
grande verdade é que se o jogo era ruim não se pode dizer a mesma coisa dos
técnicos que fizeram o que puderam para vencer com o material humano que
tinham. Por esta razão, apesar de um leve predomínio grego que não apresentava
eficácia o primeiro tempo foi modorrento com poucas oportunidade de gol. Só,
aos 6 minutos, o time da América Central levou algum perigo com um chute de
Bolaños. Aos 11min, houve a resposta da
Grécia Christodoulopoulos batendo perigosamente para fora. A bola mais perigosa
foi grega, aos 36min, Salpingidis dividiu com a marcação costarriquenha, tocando
na saída de Navas, que tirou com a perna evitando o primeiro gol. E mais nada.
Veio o segundo tempo e,
inesperadamente, numa jogada bem trabalhada, aos 7 minutos, Ruiz
recebeu um passe na entrada da área e, de primeira, bateu de perna esquerda; o
chute pegou efeito e entrou mansamente no pé da trave esquerda, enquanto o
goleiro Karnezis e os zagueiros atônitos apenas observavam. O gol abalou os
gregos. E, aos 8 minutos, uma bola cruzada da direita do ataque costarriquenho
foi cortada por Torosidis com o braço dentro da área - o árbitro mandou seguir
mesmo sob protestos dos jogadores de Costa Rica que pediam o pênalti. E, logo
depois, criou-se o grande drama da partida quando Duarte deixou a Costa Rica
com um homem a menos, aos 21min,
recebendo o segundo cartão amarelo por falta em Holebas. O técnico
Fernando Santos fez o que devia substituindo peças para tornar a equipe mais
ofensiva. A Grécia partiu para o ataque contra duas parelhas de quatro homens
que tentavam barrar as jogadas e ganhar o tempo que podia numa desgastante
batalha de ataque contra defesa. Houve muitas chances de empate, porém, o
goleiro Navas pegou bolas difíceis até que no finalzinho do jogo, depois de
espalmar, não teve como impedir que Papastathopoulos aproveitasse e completasse
para o gol, empatando o jogo. Era um castigo um gol naquele momento com a
equipe com um menos e completamente cansada. Na prorrogação, porém, os gregos
foram surpreendidos por um resto de gás de Costa Rica que criou ainda algum
perigo, mas, tiveram duas oportunidades que pararam em Navas. Cansadas, as duas
equipes não conseguiram mais criar grandes chances de gol. No fim o jogo foi para a loteria dos pênaltis. E os
costarriquenhos acertaram todas as suas cobranças, três delas apostando em chutes
fortes no meio do gol. Fizeram Borges, Ruiz, González e Campbell. Pela Grécia,
Mitroglou, Lazaros e Cholevas também converteram, mas, Gekas bateu mal e Navas agarrou
na quarta penalidade. Então Umaña cobrou e fez classificando Costa Rica. Agora
Costa Rica, que fez história, tem uma pedreira pela frente: a Holanda.
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