UM TROPEÇO NO INÍCIO DA JORNADA
O
Brasil, apesar do empate, jogou, razoavelmente, bem na sua estréia na Copa da
Rússia. Claro que é frustrante para a torcida brasileira que deseja ver o time
vencendo com facilidade e jogando muito bem, entretanto, é preciso lembrar que
o retrospecto dos jogos entre ambos, nos oito já realizados, o Brasil havia
feito 10 gols e levado 8, com 3 vitórias contra duas derrotas e, no único jogo
de Copa, em 1950, uma das grandes seleções brasileiras ficou no empate em 2x2,
jogando em casa, no Pacaembu. A grande verdade é que a Suíça sempre foi um osso
duro de roer. E o Brasil começou bem. Parecia que ia se impor mesmo.
Principalmente, quando, aos 20 minutos, Philippe Coutinho acertou um belo chute,
de fora da área, indefensável. Por algum tempo até pareceu que o segundo viria
logo, mas, terminou o segundo tempo e não veio.
No
segundo tempo, se esperava que o Brasil liquidasse a fatura, porém, numa bola
parada, vinda de um escanteio, Zuber cabeceou, sozinho, e empatou o jogo. Houve
um leve empurrão, de fato, em Miranda. E também o mau posicionamento da defesa.
Uma bola como aquela não pode passar de forma alguma. Os jogadores brasileiros
reclamaram sem que o árbitro mexicano César Ramos desse a mínima. Da mesma
forma quando, depois, o atacante Gabriel Jesus girou em cima do zagueiro Manuel
Akanji, e caiu, reclamando ter sido derrubado. Faz parte do jogo e não
justifica o empate. E, justiça seja feita, depois do gol de empate a Suíça
conseguiu se posicionar melhor, foi mais eficiente na sua defesa e até mais perigosa
no ataque.
Tite
até tentou mudar isto trocando Casemiro por Fernandinho, Paulinho por Renato
Augusto e Roberto Firmino no lugar de Gabriel Jesus. O Brasil até pressionava,
mas, nervoso não conseguia construir bem as jogadas, nem fazer o gol. É verdade também que fizeram dez faltas em Neymar para pará-lo. Mas, também é verdade que este não esteve num dos seus melhores dias. E, com todos os problemas, os brasileiros ainda
desperdiçaram três boas chances de vencer, no entanto, o apito final premiou a
determinação do time suíço. Não é o fim do mundo. Só demonstra que a equipe
brasileira pode sucumbir pelos nervos. E que, quando alguns jogadores, entre
eles Neymar, não jogam bem, falta ao time a capacidade de criar alternativas.
Mesmo assim mostrou que tem um time forte e difícil de ser batido. A Suíça deve
dar trabalho. E se cair durante a Copa ainda assim exigirá bom futebol e sangue
frio.
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