BRASIL E PORTUGAL FAZEM O DEVER DE CASA
O Brasil fez uma boa
partida, apesar da falta de criatividade do time. Vini Júnior, o jogador mais
lançado, não fez uma boa partida. Foi um jogo bastante emperrado, com ambos os
lados tendo paciência e precaução. Os goleiros, a rigor, não trabalharam. É
fato que a única vez onde se viu um lampejo do futebol brasileiro foi no gol invalidado.
A meu ver mal invalidado, de vez que o impedimento ocorreu muito antes e, como
o jogo teve seguimento, não caberia mais. Há uns critérios meio esquisitos de
arbitragem. Invés de beneficiar o ataque beneficia a defesa e o futebol mais
feio. A Suiça foi Suiça. É um time organizado que joga por uma bola e difícil
de levar dois gols. Com o Brasil jogou com determinação e obediência tática. Não
teve a bola que desejava e na única vez que deixou chutar direto foi gol. Enfim,
o Brasil fez o dever de casa. Não posso dizer que não gostei, mas, em
compensação não há muito o que aplaudir. O Uruguai, por outro lado, tropeçou em
Portugal. Por ironia foi um time criativo, porém não aproveitou as
oportunidades que teve. O jogo teve muitas faltas e a temperatura subiu num
determinado momento, mas o árbitro iraniano Alireza Faghani soube levar a
partida a bom termo. Betancur, numa jogada, partiu pelo campo luso e, surpreendemente,
driblou dois e saiu na cara do goleiro. Pena chutou em cima dele. O meio de
campo rolava a bola e, no ataque, tanto Cavani quanto Darwin Nunes não estiveram
num bom dia. Se Portugal teve mais força isto não apareceu nas finalizações. No
primeiro tempo o Uruguai foi bem mais perigoso, embora não muito. Tudo parecia
estar do mesmo jeito até que, numa jogada confusa, Bruno Fernandes cruzou para
dentro da área em direção a Cristiano Ronaldo e a bola entrou. O gol chegou a
ser atribuído a ele. Depois consertaram. O Uruguai precisando mudar o jogo
colocou três em campo, inclusive Arrascareta, que deu maior velocidade e volume
de jogo ao time. Máxi Gomez, aos 30 minutos, chegou a acertar a trave e
Arrascareta acertou o goleiro, aos 34 minutos. Portugal suportou bem a pressão
e foi beneficiado por um pênalti, daqueles esquisitos, pois o jogador estava
caindo e a bola acertou o braço dele. Bruno Fernandes, que não tinha nada a
haver com isto, fez 2x0. Com o resultado Portugal juntou-se à França e ao
Brasil fazendo os seis pontos nos dois jogos. Como disse bem Cristiano Ronaldo “Fizemos
valer a nossa força”. Um olhar retrospectivo sobre os jogos até aqui mostra que
a França e a Espanha estiveram melhores com Brasil e Portugal seguindo seus passos,
mas não se pode menosprezar os times da Argentina, Alemanha e da Inglaterra que
são muito bons, apesar de não terem tido a eficiência que se esperavam deles. A
Copa é uma competição de surpresas e não se pode pensar que equipes assim não
possam jogar muito melhor. É cedo ainda para crer que haja favoritos.
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