O TANGO DA LOUCURA TOCOU NO GRUPO C
No
grupo D, França foi enfrentar a Tunísia para cumprir tabela tanto que colocou o
time reserva. Já o outro jogo, o da Dinamarca, que enfrentou a Australia
pressionada por precisar do resultado para ir em frente, era um jogo decisivo. E
os dinamarqueses tiveram mais posse de bola, no primeiro tempo, sem conseguir
passar por uma defesa bem postada. Até teve a melhor oportunidade, com Jansen,
aos 11 minutos, quando Ryan defendeu, mas com jogadas laterais não conseguiam
chegar ao gol. McGree e Duke tentaram de fora da área sem sucesso e os
contra-ataques também não aconteceram. A Austrália voltou,
no segundo tempo, mais agressiva, propondo mais jogo e era
melhor no setor ofensivo. Logo no início finalizou por cima do gol de
Schmeichel. Os ataques, no entanto não conseguiam ser efetivos e a Dinamarca,
apesar de tudo, continuava com mais posse de bola, mesmo sem efetividade. O
problema foi que perderam a bola e os australianos conseguiram encaixar um
ataque com Leckie, que recebeu um lançamento perfeito de McGree, deu dois dribles
desconcertantes em Maehle, já na área, e chutou cruzado no canto, abrindo o
marcador. Se a Dinamarca não se acertava
antes não se acertou também depois. A Tunísia fez um a zero na França e, por
dois minutos, parecia poder ir para a outra fase, mas sofreu até o fim para
ganhar e com um gol anulado de Greizman, erroneamente, no último minuto. Os
tunisianos experimentaram o doce sabor de ganhar da França e o amargo gosto de
ter que ir embora. Já na grupo C o jogo
decisivo foi o da Polônia com a Argentina. Os portenhos precisavam ganhar para
alcançar as oitavas. E amassaram a Polônia. Tiveram 74% de posse de bola no
primeiro tempo e se deram ao luxo de perder um pênalti e, logo quem, Messi.
Sejamos justos: Messi não perdeu. Foi o espirito de justiça dos campos de
futebol que o impediu de marcar. Foi um erro de arbitragem. O goleiro acertou o
rosto de Messi, mas depois que este colocou a bola para fora. E não teria como
parar. Podia ser o fim da picada. Não foi. Messi, frio, procurou o jogo mais do
que nunca levando sua equipe na base da raça e da emoção. Foi recompensado no segundo tempo, aos 15
minutos, Mac Allister encerrou o sofrimento argentino, depois as tentativas
continuaram até que, aos 22 minutos, veio segundo gol, com Julián Álvarez, que
recebeu um passe de Enzo Fernández na grande área e finalizou no ângulo, e Szczesny
não teve como fazer nada. Apesar disto foi a grande figura do jogo: num jogo só
fez mais defesas que 80% dos goleiros nos outros jogos da Copa. Pegou muito. A Argentina
teve uma vitória tranquila e merecida, pois os poloneses não viram a bola. Sorte
deles que, mesmo o México amassando a Arabia Saudita, e fazendo dois gols,
levaram um nos acréscimos. A copa tem dessas coisas: perdendo a Polônia se
classificou. Uma classificação penosa na base da loucura das duas equipes que
procuraram o gol: Argentina e México. A Argentina mostrou que é uma grande equipe
e que pode chegar a ser campeã.
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