Thursday, December 01, 2022

O TANGO DA LOUCURA TOCOU NO GRUPO C

 


No grupo D, França foi enfrentar a Tunísia para cumprir tabela tanto que colocou o time reserva. Já o outro jogo, o da Dinamarca, que enfrentou a Australia pressionada por precisar do resultado para ir em frente, era um jogo decisivo. E os dinamarqueses tiveram mais posse de bola, no primeiro tempo, sem conseguir passar por uma defesa bem postada. Até teve a melhor oportunidade, com Jansen, aos 11 minutos, quando Ryan defendeu, mas com jogadas laterais não conseguiam chegar ao gol. McGree e Duke tentaram de fora da área sem sucesso e os contra-ataques também não aconteceram. A Austrália voltou, no segundo tempo, mais agressiva, propondo mais jogo e era melhor no setor ofensivo. Logo no início finalizou por cima do gol de Schmeichel. Os ataques, no entanto não conseguiam ser efetivos e a Dinamarca, apesar de tudo, continuava com mais posse de bola, mesmo sem efetividade. O problema foi que perderam a bola e os australianos conseguiram encaixar um ataque com Leckie, que recebeu um lançamento perfeito de McGree, deu dois dribles desconcertantes em Maehle, já na área, e chutou cruzado no canto, abrindo o marcador.  Se a Dinamarca não se acertava antes não se acertou também depois. A Tunísia fez um a zero na França e, por dois minutos, parecia poder ir para a outra fase, mas sofreu até o fim para ganhar e com um gol anulado de Greizman, erroneamente, no último minuto. Os tunisianos experimentaram o doce sabor de ganhar da França e o amargo gosto de ter que ir embora.  Já na grupo C o jogo decisivo foi o da Polônia com a Argentina. Os portenhos precisavam ganhar para alcançar as oitavas. E amassaram a Polônia. Tiveram 74% de posse de bola no primeiro tempo e se deram ao luxo de perder um pênalti e, logo quem, Messi. Sejamos justos: Messi não perdeu. Foi o espirito de justiça dos campos de futebol que o impediu de marcar. Foi um erro de arbitragem. O goleiro acertou o rosto de Messi, mas depois que este colocou a bola para fora. E não teria como parar. Podia ser o fim da picada. Não foi. Messi, frio, procurou o jogo mais do que nunca  levando sua equipe na base da raça e da emoção. Foi recompensado no segundo tempo, aos 15 minutos, Mac Allister encerrou o sofrimento argentino, depois as tentativas continuaram até que, aos 22 minutos, veio segundo gol, com Julián Álvarez, que recebeu um passe de Enzo Fernández na grande área e finalizou no ângulo, e Szczesny não teve como fazer nada. Apesar disto foi a grande figura do jogo: num jogo só fez mais defesas que 80% dos goleiros nos outros jogos da Copa. Pegou muito. A Argentina teve uma vitória tranquila e merecida, pois os poloneses não viram a bola. Sorte deles que, mesmo o México amassando a Arabia Saudita, e fazendo dois gols, levaram um nos acréscimos. A copa tem dessas coisas: perdendo a Polônia se classificou. Uma classificação penosa na base da loucura das duas equipes que procuraram o gol: Argentina e México. A Argentina mostrou que é uma grande equipe e que pode chegar a ser campeã.

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