FRANÇA SOFRE PARA SUPERAR MARROCOS E CHEGAR NA FINAL
Não se pode dizer que não
foi uma boa semifinal. A verdade é que foi mesmo que, em alguns momentos, tenha
faltado, principalmente a Marrocos ser mais incisivo nas jogadas de ataque, mas
provou que não tem apenas uma boa defesa. E olhe que sofreu um baque terrível,
de vez que, quase aos cinco minutos, num erro de sua zaga, Mbappé foi travado
duas vezes, porém a bola sobrou para Theo Hernández, de voleio, fazer 1x0.
Marrocos. Não restou alternativa para o time de Walid Regragui senão ir para
cima. E foi com vontade. Logo, aos 9 minutos, Ouhani tentou de fora da área.
Hakimi e Ziyech foram para cima e deram trabalho aos franceses. Faltava mais
precisão mesmo assim, aos 43 minutos, El Yamiq, de bicicleta, obrigou o goleiro
Lloris a fazer uma grande defesa para evitar o gol. É claro que a França, com
mais espaço, também teve seus momentos, graças a rapidez de Mbappé e Dembelé. Giroud
foi quem andou mais perto acertando a trave e desperdiçando uma outra
oportunidade. Não esteve num bom dia e foi substituído. No segundo tempo, Marrocos
aumentou ainda mais a pressão. Efetivamente começou a trocar passes melhores e
a gostar do jogo pressionando, e sobrecarregando o lado esquerdo da defesa
francesa- lado de Mbappé, que não voltava para marcar. Os liderados por
Regragui tomaram conta do jogo, começaram a forçar e levar perigo.
Impressionante foi que, ao final, tiveram 61% da posse do bola, o que não seria
de se esperar contra o time francês, bem como chutaram 13 vezes, enquanto os
franceses chutaram 14, mas tiveram igualdade nos chutes que atingiram a meta:
apenas 3 de cada lado. Mas, como esta
copa provou sobejamente, ter a bola não significa nada se não se faz o que é necessário, o gol. E,
quando mais Marrocos parecia próximo de conseguir fazer, aos 34 minutos, numa tabela de Mbappé com Thuram, que fez uma grande
jogada no meio da zaga marroquina, acabou por bater e a bola desviada sobrou limpa para o atacante Kolo Muani, que
havia acabado de entrar para fazer o segundo gol. Foi a pá de cal nos marroquinos.
A França não fez um grande jogo. Fez o suficiente para vencer e foi merecido
pela falta de eficiência de Marrocos, que sai com a melhor campanha de uma
equipe africana nas copas. Não é pouco. Destaque para Antoine Griezmann, o
melhor da partida, e para Mbappé, que não fez gol, no entanto, é sempre um jogador
rápido, de visão de jogo e que incomoda muito qualquer defesa. E também merece
destaque Lloris, pois, nas três vezes que o time precisou dele conseguiu impedir
que Marrocos chegasse nas suas redes. Agora a França vai enfrentar a Argentina
na final. É um duelo de gigantes onde não existe favoritismo. Alias, chegam à
final duas das seleções que sempre foram consideradas favoritas. Mbappé terá,
agora, a chance de provar que o futebol europeu está em outro patamar. Pode
estar sim. Mas, deve considerar também que, do outro lado, está seu companheiro
de equipe, Messi, um jogador, que igual a ele, pode fazer muita diferença. Será
o último e mais difícil jogo desta Copa. Reúne, sem favor algum, as duas
equipes que conseguiram superar melhor os seus problemas , qualquer uma que
ganhar, terá merecido.
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