A FRANÇA DÁ IMPORTANTE PASSO PARA SER BICAMPEÃ
No estádio Estádio Al
Thumama, em Doha, no Catar, Marrocos, que tem sido a sensação desta Copa,
enfrentou Portugal pelas quartas de finais, depois de haver, surpreendentemente,
ter eliminado a Espanha. Marrocos é um time que tem um sistema defensivo muito
consistente tanto que, até agora, somente levou um gol em todas as partidas e
havia comprovado que seria um adversário duro de roer. Portugal dominou a
partida. Se dominar significa ter muito mais posse de bola (68%) e trocar 561
passes contra apenas 172 do adversário. O problema das estatísticas é que o que
resolve as partidas é o gol. E, para fazer gol, é preciso finalizações. Não faltaram
ao time português com 11 finalizações, mas Marrocos, que joga sempre por uma
bola teve 10! Ou seja, deram muita chance para o azar. E ele veio com o
centroavante En-Nesyri, de 1,89, vencendo uma disputa no alto, com o
atrapalhado Rubén Dias e o goleiro Diogo Costa, tocando para o gol vazio e
fazendo história ao colocar, pela primeira vez, uma equipe africana numa
semifinal. O outro jogo, entre França e Inglaterra foi muito mais interessante
e com um nível de futebol muito melhor. Os dois times fizeram um primeiro tempo
muito movimentado, mas, com poucas oportunidades efetivas. No início a
Inglaterra teve mais posse ocupando melhor os espaços, todavia sem ameaçar o
gol de Lloris. Os franceses apostaram na velocidade de seus jogadores e em
Mbappé, que, criou algumas jogadas, porém não esteve nos seus melhores dias.
Quem incomodou, aos 10 minutos, com um
cabeceio na altura de um chute, foi Giroud que parou no goleiro Pickford. Os
franceses iriam abrir o placar aos 16 minutos, numa tabela que terminou com um
passe de Griezmann para o volante Tchouamení, que chutou seco e forte para no do
goleiro, que voou sem alcançar a bola. No Estádio Al Bayt a França fazia 1x0.
Os ingleses insistiram tanto numa falta de Shaw, defendida por Lloris, como com
Kane num chute forte de fora da área sem sucesso. Os ingleses voltaram bem
melhor e começaram a pressionar até que, aos 7 minutos, numa arrancada, Saka foi
derrubado por Tchouamení. Marcado o pênalti, Harry Kane converteu e empatou para a
Inglaterra. E confiantes no bom momento partiram
para cima e criaram boas oportunidades que não conseguiram finalizar bem.
Então, os franceses, sentindo a pressão, tentaram equilibrar o jogo e começaram
a incomodar novamente. E, aos 32 minutos, Olivier Giroud, com o faro e o senso
de colocação dos grandes artilheiros, aparou um cruzamento da esquerda e
cabeceou sem chances para marcar o segundo gol da França. Os ingleses não se
renderam e tentaram de todas as formas, até fazendo faltas grosseiras, comandar
novamente o jogo. A tensão tornava o jogo eletrizante. E seu auge chegou aos 36
minutos quando Théo Hernandez cometeu uma falta desnecessária dentro da área. No
princípio o arbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio se negou a marcar, porém
avisado pelo VAR voltou atrás. Kane, desta vez, isolou a bola cobrando pelo
alto com muita força. Depois os esforços foram inúteis. A França está na
semifinal contra Marrocos. Ganha quem faz. Quem fez foi a França.
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