GRANDES JOGADORES FAZEM A DIFERENÇA
Holanda e EUA fizeram o
primeiro jogo das oitavas de finais. E, como tem sido a tônica, o jogo começou
chato, muito estudado e, talvez, com uma leve vantagem norte-americana, que
parecia dominar porque os holandeses se postaram na defesa. A impressão foi desfeita por uma troca
de passes que foi parar nos pés de Memphis Depay, que invadiu a área e, mostrou
ser um dos mais perigosos atacantes do momento, deslocando o goleiro, e abrindo
o placar. Como em outras ocasiões os Estados Unidos procuraram o gol de empate
e tiveram 61% da posse de bola, no primeiro tempo, com a marca deste mundial: a
falta de efetividade no ataque. Eficiência teve o time laranja, que nos acréscimos,
tabelou para, com um cruzamento pela direita, encontrar Blind, que bateu de
perna direita e ampliou a vantagem ainda na etapa inicial. No segundo tempo a Holanda
postou-se bem e continuou acumulando as boas oportunidades de contra-ataques. Os
Estados Unidos tiveram o domínio da partida e até deram trabalho ao goleiro
Noppert com o jogo ficando mais aberto e tendo mais oportunidades de gol.
Quando, aos 31 minutos, tudo indicava um jogo definido, os erros da defesa holandesa
propiciaram a Wright, contando com um
desvio, o gol, que recolocou seu time no jogo. E partiram para cima com disposição, porém,
depois de uma trama bem urdida, pela esquerda, quando a pressão era maior,
Denzel Dumfries pegou um cruzamento de canhota e definiu para a equipe de Van
Gaal: 3X1. By, by EUA. No jogo entre Austrália e Argentina, onde esta era
considerada favorita, no campo não encontrou facilidade para romper o sistema
da Austrália. Tocavam muito a bola, mas bola sem oferecer perigo e os
australianos começaram a gostar do jogo. No entanto, o diferencial Lionel Messi,
no seu milésimo jogo, aproveitou uma bola vinda de Otamendi e, como somente ele
é capaz de fazer, bateu na bola entre as pernas do zagueiro, aos 35 minutos, e
surpreendeu o goleiro Ryan: 1x0. Até a volta no segundo tempo o jogo ficou mais
fácil para o time de Scaloni. O jogo, então, ficou morno, chato e, quando menos
se esperava, os australianos fizeram uma lambança na defesa com Matt Ryan, ao
tentar sair jogando, entregar a rapadura perdendo a bola para, aos 11 minutos,
Julián Alvarez só tocar e fazer 2x0. Não havia muito o que fazer? Ledo engano.
Aos 20 minutos, Goodwin bateu de fora da área e, com um desvio de Enzo
Fernández, o goleiro Emiliano Martínez só podia fazer o que fez: olhar a bola
entrar. Por incrível que pareça a Australia ainda teve duas chances de empatar
e Lautaro Martínez duas chances de perder gols vinda de Messi. A Argentina
passou apertado, apesar de ter tido condições de ser de outra forma. Agora terá
um adversário muito duro pela frente que irá medir, de fato, sua capacidade de
ir adiante: a Holanda. Se não tivemos ainda uma grande exibição de alguma
seleção, os craques fazem a diferença, vide Messi, Depay e Dumfries.
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