Saturday, December 03, 2022

SER FAVORITO NÃO QUER DIZER NADA

 


Esta Copa do Catar tem sido uma demonstração do nivelamento das equipes, a partir de que o dinheiro passou a comandar o esporte. Começa que, pela segunda vez, o que é lamentável, a Itália ficou de fora. E continua pelo fato de que já foram eliminadas grandes seleções com tradição, como a Alemanha e Uruguai. Tradição, é evidente, não ganha jogo. Basta ver que a própria Alemanha, Portugal, Espanha, Argentina e Brasil foram surpreendidos por times com muito menos condições e estrelas. Mas, no futebol, nunca foi incomum um time mais fraco com mais conjunto ganhar de um mais forte e desorganizado- seja por qual motivo for. Principalmente quando, apesar de dominar a partida, não faz gols, o que continua sendo o essencial. Por isto, embora nas oitavas haja um certo favoritismo de algumas equipes não se pode assegurar nada. É um torneio onde somente Inglaterra, Holanda, EUA, Marrocos e Croácia não perderam nenhuma partida.  Isto também não assegura nada. De qualquer forma há favoritismos nas partidas que se travarão nas oitavas de final. Se formos examinar o maior favorito de todos é a Argentina. É difícil imaginar que a Austrália tenha time para segurar Messi & cia. Depois vem a Espanha, embora força é dizer, Marrocos é um time duro, muito forte na defesa, a melhor até aqui desta Copa. Em terceiro lugar o favoritismo é do Brasil contra a Coréia do Sul e, depois, a Holanda deve passar pelos EUA, a França é favorita contra a Polônia. A Inglaterra também é favorita contra Senegal, mas não será um jogo fácil. Portugal, que joga contra a Suíça deve passar também e, por fim, a Croácia tem mais probabilidade que o Japão. Bem esta é uma análise pelo aspecto lógico e do que apresentaram com a ressalva de que, por esta mesma ótica, não teriam saído Alemanha, Uruguai, Dinamarca e Equador, ou seja, nós teremos que ver, mesmo, é o que acontece em campo. O que dizer do Brasil? A derrota para Camarões foi uma decepção. Menos pelo adversário em si, que tem alguns excelentes jogadores, do que pelo comportamento do time e do treinador. Se, na primeira partida, o Brasil jogou e convenceu, não se pode esquecer que não foi nenhuma Brastemp na parte ofensiva. O mesmo se viu o jogo contra a Suíça e se escancarou na derrota. Em toda a Copa, nos três jogos, o Brasil fez 51 finalizações, 15 pela direita, 25 pela esquerda e 11 pelo meio. Como a média da Copa é de 1 gol a cada 12 tentativas, nosso time teria que ter feito, pelo menos, quatro gols. Não fez por pecar muito ofensivamente. Falta qualidade na finalização. Ou maturidade. E, por estranho que pareça quem mais finalizou foi Rodrygo (seis), que jogou mais pelo meio, depois Bruno Guimarães e Casemiro (cinco). O atacante que mais finalizou foi Richarlison, quatro vezes. Fez dois gols, porém seu desempenho, no geral, é apenas regular. O de Gabriel Jesus, com duas finalizações, foi ridículo. Enfim, o que podemos esperar do Brasil? Muitos gols não parece ser o feitio de Tite. Podemos chegar lá? Sim. Com sofrimento. E podemos, como aconteceu com a Bélgica e Camarões, enterrar os sonhos com um golzinho de qualquer adversário. O Brasil não é mais diferente de qualquer equipe.

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