A FRANÇA RESSURGE DAS CINZAS
A rigor a França somente criou um lance de perigo, aos 23min, quando Zinedine Zidane lançou Thierry Henry que cruzou rasteiro sem que ninguém completasse o gol. A Espanha só criou algum problema nas bolas paradas. Até que, aos 26min, Cesc Fábregas ficou com sobra de cobrança de escanteio e tocou na área para Pablo Ibáñez, infantilmente atingido e empurrado por Thuram. Pênalti. Só mesmo um pênalti para mudar as coisas. David Villa implacável colocou, com força, no canto direito de Fabien Barthez. O gol, porém não mudou o ritmo da partida que ficou travada no meio do campo. O que mudou, inesperadamente, foi que a França, aos 41min, numa tabela entre Ribéry e Vieira, de repente o meia deixou, com um toque, Ribéry na cara de Casillas o qual driblou antes de empatar. Sem dúvida um gol no momento certo. Num jogo onde não se acertavam as jogadas acertar uma e empatar a partida deu aos franceses ânimo e moral extra.
Se, no segundo tempo, o jogo continuou equilibrado, porém, agora, os franceses passaram a criar a mais e a gostar do jogo. Luis Aragonés trocou David Villa e Raúl por Joaquín e Luis García tentando dar alento ao time espanhol. Não fez muito efeito e ele tentou outra solução, aos 26 minutos, colocando Marcos Senna no lugar de Xavi. A França trocou Malouda por Sidney Govou. O equilíbrio prosseguia até que, aos 38min, Zidane cobrou falta da direita, e a zaga desviou no primeiro pau, porém Vieira apareceu desequilibrando tudo, no segundo, com a bola ainda batendo em Sergio Ramos para enganar o goleiro Casillas. A Espanha, mesmo sentindo, até tentou, porém faltaram forças para buscar o empate. E, nos acréscimos, o ressurgimento da França se consolidou com Zidane fazendo um gol de craque, com o ritmo, a frieza e a competência de quem precisava coroar uma boa atuação e uma bela vitória: 3 a 1. O nome do jogo foi Vieira, notável atuação. A França, a gloriosa França, mostra, mais uma vez, que quem foi rei não perde a majestade. E caminha, gloriosa, para as quartas de finais. E o adversário tem nome, história e camisa amarela conhecida. Brasil e França vão fazer um clássico inesquecível nas quartas-de-final. Um jogo proibido para cardíacos.
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