Wednesday, June 21, 2006

O MATA-MATA


Por causa dos horários não tive como acompanhar as três últimas rodadas. De fato vi apenas pedaços e não me causaram maior impressão. Fora o jogo Suécia e Inglaterra, que teve gosto e garra de Copa, e o não tão surpreendente passeio alemão sobre o Equador não creio que há muito o que comentar. Algumas partidas somente serviram para confirmar o que desconfiava: a falta de equipes entrosadas, treinadas, enfim a falta de conjunto faz com que esta Copa seja um palco de surpresas. Nem falo da pelada treino entre Argentina e Holanda, ambos classificados colocaram times para cumprir o compromisso e fizeram um anti-jogo, ou da vitória de Portugal que, mesmo colocando o nome de Felipão no panteão das copas, não foi lá essas coisas e ainda contou com aquele elemento mágico que todo time para ganhar deve ter: sorte. O pênalti perdido pelo México parece que foi o único elemento que serviu para dramatizar mais o resultado. Porém, convenhamos, pênalti é pênalti. Quem perde não tem que reclamar senão de si mesmo. Poderia relembrar alguns erros de juízes que ajudaram Espanha e Itália, porém também faz parte do jogo. É claro que o time prejudicado não acha nenhuma graça. Acontece que, de qualquer forma, estão saindo os melhores e, agora, nas oitavas é que a onça vai beber água mesmo. Já estão definidos quatro jogos: Alemanha x Suécia; Argentina x México; Inglaterra x Equador e Portugal x Holanda. Os outros vão se definir amanhã, 22, e depois, 23, embora Brasil e Espanha já estejam garantidos. Por mais que digam que este compromisso com o Japão é sério como já vimos com as outras seleções, depois de garantidos na próxima etapa, há uma despreocupação natural e, no máximo, como o Japão vai tentar fazer alguma coisa, servirá para aquecer o time. A questão é que continuamos sem acertar a marcação, deixando um espaço imenso entre zagueiros e ataque. Em parte isto vem de que Adriano e Ronaldo ocupam o mesmo espaço do campo e ficam muito parados, porém não é só isto. Para fazer o que é necessário teria que resultar numa mudança para um estilo que ambos não possuem. A lógica manda colocar Juninho Pernambuco, porém Parreira é apegado a formulas e conservador. Vamos ver. De qualquer forma se não modificar a forma de jogar podemos nos preparar para sofrer no próximo jogo sério. Quem vier vai vir com gosto de gás. Qualquer que seja o time não dá para vacilar. O detalhe, um gol, pode ser a diferença. E, principalmente, quando se leva um gol cedo, muitas vezes, é o carimbo para a volta. Depois do Japão vem o mata-mata. E não dá para vacilar.

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