Um jogo corrido, mas, feio e sem criatividade
Iniciando a primeira rodada do sexto grupo, o grupo F da Copa do Mundo, Itália e Paraguai fizeram um jogo corrido que, em alguns raros momentos, chegou a ser emocionante, porém, principalmente para a Itália foi muito pouco tanto que os comentaristas que consideraram o veterano De Rossi o melhor em campo disseram que, mesmo assim, merecia apenas uma nota 7. É um bom retrato de um jogo que foi muito disputado e teve pouca técnica. Bem, em parte, é preciso assinalar que a chuva prejudicou muito o espetáculo na maior parte do seu tempo. Em termos de esquemas os times estiveram bem, embora muito melhor posicionada a Itália tivesse no começo partido para cima do Paraguai. Tentou, tentou e não saía nada de objetivo e, como sempre acontece nestes casos, os paraguaios, que pouco apresentaram sem conseguir concatenar uma jogada boa sequer, acabaram num lance esporádico abrindo o placar com o zagueiro Alcaráz, de cabeça, aos 39 da etapa inicial. O jogo estava equilibrado e a Itália não merecia perder, mas, ganha quem faz e o primeiro tempo terminou assim. A Itália, tradicionalmente defensiva, veio no segundo tempo para tentar reverter a vantagem, mas, não demonstrou muito talento individual sempre que precisou dele, daí as coisas começarem a ficar mais complicadas. A inistência, porém, acabou premiada por uma falha horrorosa do goleiro paraguaio que deixou a bola passar por suas mãos na pequena área e encontrou os pés de De Rossi, remanescente do tetracampeonato conquistado há quatro anos, na Alemanha, para empurrar para as redes e impedir a derrota, com um gol aos 17 minutos do segundo tempo. Para sermos justos é preciso dizer que as equipes procuraram o gol. O grande problema foi mesmo a forma: sem criatividade e sem talento tanto que as bolas perigosas (e as que acabaram em gols) foram bolas paradas. O melhor do jogo acabou sendo as comemorações dos gols e a festa da torcida. Ainda neste jogo andou faltando futebol.
Pelo andar da carruagem vamos ter que esperar mais por bom futebol. Vamos torcer para que o Brasil e a Espanha e, quem sabe, Portugal apresente um jogo melhor. Nem mesmo os africanos até agora, que sempre mostraram criatividade, apareceram bem nas fotos. Fora o golaço da África do Sul o futebol alegre dos africanos parece ter desaparecido embora, justiça seja feita, não seja só o deles. É uma Copa que, apesar da bola ser tida como desfavorável aos goleiros, parece ter encabulado os atacantes, pois, depois de onze jogos já realizados foram feitos apenas feitos apenas 18 gols, ou seja, um média mixuruca de 1,64, uma das menores senão a menor de todos os tempos. Só a Alemanha fez 4 gols e Holanda e Coréia do Sul fizeram dois, porém, a predominância foi, em quatro jogos, do placar de 1x0 e mais três de 1x1, ou seja, os ataques estão devendo muito nesta Copa. E sem ataques o jogo fica feio.
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