UMA FESTA PORTUGUESA, COM CERTEZA
Cristiano Ronaldo despachou os ingleses.
Portugal e Inglaterra fizeram um jogo equilibrado, equilibradíssimo. Inclusive na completa falta de oportunidades, na falta de competência na armação de jogadas e na pontaria de seus jogadores. Não há como não dizer que foi um duelo de defesas, uma disputa de meio campo na qual, é verdade, não faltou vontade de ambas as partes. Vontade que, muitas vezes, se transformou em mais pancadas do que bom futebol. No primeiro tempo contaram-se nos dedos as oportunidades surgidas de ambos os lados, quem sabe duas, três talvez, mas, decerto, minguadas, choradas e pouco consistentes. O gol não poderia ter surgido, exceto num acaso. Não houve acaso e não surgiu. A segunda etapa, embora mais movimentada, trouxe uma Inglaterra marcando ainda mais forte, mas a troca de Beckham, com problemas no joelho, por Lennon piorou as chances do time. Piorariam ainda mais quando Rooney numa disputa de bola com Ricardo Carvalho pisou no jogador bem na frente do juiz que deu cartão vermelho para ele, e Portugal ficou com um a mais em campo. Simão Sabrosa entrou por Portugal, e Crouch, pela Inglaterra. Porém os lusitanos não conseguiam fazer mais que dar chuveirinhos e chutar de longe, apesar de um a menos, os britânicos ocupavam os espaços e não permitiam o toque de bola português. Felipão trocou Tiago por Hugo Viana e, depois, Figo por Postiga, mas não adiantou muito. A pressão não penetrava na defesa inglesa nem resultava em gol. As poucas oportunidades, de ambos os lados, eram desperdiçadas pela má pontaria. O jogo caminhou para a prorrogação. Nela, o jogo continuou no mesmo ritmo: Portugal atacando, Inglaterra defendendo e, vez por outra, encaixando um contra-ataque e até, em determinados momentos, partindo para cima sem conseguir concluir. O jogo tornou-se mais emocionante e aberto no fim mais sem resultados práticos. Não foi diferente na prorrogação. Ninguém acertou o pé e, no fim, o 0x0 premiou a determinação dos ingleses que, heroicamente, equilibraram a partida. Nos pênaltis os chutes errados também predominaram. Depois de Simão Sabrosa ter feito o primeiro de Portugal Ricardo defendeu o pênalti de Frank Lampard. Não deu para comemorar muito, pois Hugo Viana bateu na trave, dando a Hargreaves a chance de empatar: 1 x 1. Petit perdeu e Gerrard, idem. Postiga marcou o segundo, e Carragher teve que bater duas vezes. Na segunda, Ricardo defendeu de novo. Coube a Cristiano Ronaldo a honra de despachar os ingleses por 3 x 1 nos pênaltis. O nome do jogo, porém foi mesmo o do goleiro Ricardo: pegou três penaltis! Festa portuguesa e tristeza dos ingleses que, saem gloriosamente, na roleta dos pênaltis depois de 120 minutos de luta incessante. È do mata-mata: alguém tem que ganhar.
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