A VITÓRIA DO IMPONDERÁVEL
Foi um jogo amarrado,
burocrático, chato mesmo. A emoção somente veio mesmo do fato de que, num
mata-mata, um dos times teria que ser eliminado. No jogo das 11h, a Espanha
começou, logo aos dois minutos, marcando, mas, fruto mais do acaso do que
méritos próprios. A Rússia, porém, com um técnico maquiavélico, sabia de seus
limites. E, mesmo perdendo, deixou para tentar alguma coisa no fim. Ficou
postada atrás deixando a Espanha tocar a bola como quisesse. A Espanha teve 75%
da posse de bola, trocou mais de mil passes, porém, de forma lenta e ineficaz.
Não partiu, como devia, para definir o jogo de qualquer jeito. Como quem não
faz leva, então, a Rússia, sem força no ataque, graças ao toque de mão de
Gerard Piqué, não intencional, deu ao atacante
Dzyuba a oportunidade de marcar um gol de pênalti, aos 41 minutos do primeiro
tempo. O seu terceiro gol na competição, mandando o goleiro espanhol David de
Gea para um lado e a bola para o outro. Daí para a frente, inclusive no segundo
tempo, nada foi diferente. O tiki-taka espanhol, e seu domínio indiscutível,
esbarravam na ferrenha defesa russa que, claramente, esperavam segurar o jogo
para ter uma oportunidade na loteria dos pênaltis. Só aos quarenta minutos, já
no desespero, os espanhóis testaram o goleiro Akinfeev, com um chute rasteiro
de Andrés Iniesta, que entrou para tentar mudar o destino espanhol. Veio a
prorrogação sem que o panorama mudasse muito. E, nos pênaltis, enquanto os
russos não erravam, o goleiro Akinfeev, de 32 anos, pegou os chutes de Koke e
Iago Aspas, na primeira disputa de pênaltis da Rússia em uma Copa do Mundo. E, depois de um empate em 1 x 1 durante os 120
minutos, mandou a Espanha para casa. O inesperado aconteceu. Ninguém apostaria
que a Rússia seria capaz de eliminar os espanhóis. O que mostra que a diferença
entre as equipes depende somente do lampejo de um ou outro craque. É melhor que a Rússia ganhe para a Copa ter mais brilho, mas, a grande realidade é que deu o imponderável. O pior time levou a melhor.
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