UM BRASIL SEM BRILHO DÁ ADEUS À COPA
A
Bélgica eliminou o Brasil com evidentes méritos. A verdade é que De Bruyne,
Hazard e Lukaku conseguiram consolidar a estratégia belga defensiva e de
contra-ataque com eficiência. Não que o Brasil tenha feito uma péssima partida.
Não foi. Foi regular, mas, evidentemente, sem brilho. Não se viu uma jogada bem
executada, um lance onde a criatividade dos brasileiros ultrapassasse com
talento a excelente postura de defesa dos belgas. A Bélgica demonstrou, no
campo, ser uma equipe mais estruturada, mais entrosada, mais competitiva. O
Brasil atacou muito, mas, teve contra si um time muito bem postado, consciente
de suas possibilidades. E teve também contra si o azar. Thiago Silva jogou uma
bola contra uma trave improvável e o gol contra de Fernandinho, após desvio de
Kompany, foi a demonstração de que os ventos sopravam a favor dos belgas. É
verdade que quase o Brasil cria oportunidades de empatar, mas, não empatou, nem
conseguiu impor seu estilo de jogo. E a ducha fria veio com De Bruyne, que, com
um chute de longa distância, num contra-ataque, deixou Alisson na saudade. A
Seleção se abalou com a desvantagem de dois gols, inédita com Tite, que também
não mexeu com um time que não encontrava meios de se organizar.
Tite
só começaria a mexer no segundo tempo, colocando Firmino no lugar de Willian, e
com um novo esquema: 4-4-2, onde Gabriel Jesus ia pela direita. Depois colocou
Douglas Costa no seu lugar. A equipe até conseguiu penetrar mais na área belga,
todavia, foram jogadas sem a necessária paciência, sem uma boa condição para o
chute mortal. Quando veio, em forma de cabeçada de Renato Augusto, que havia substituído Paulinho
pouco antes, ainda fez, por um momento, renascer as esperanças de que as coisas
pudessem ser diferentes. Não foram pela má pontaria e a indiscutível qualidade
de Courtois. Um time de melhor conjunto e aplicado, jogando com alma, ganhou
com méritos. E, como já havia acontecido antes, tirou mais uma estrela da Copa:
Neymar. Saiu igual ao Brasil: sem brilho.
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