Tuesday, November 22, 2022

UM DIA DA FRANÇA E DE OCHOA

 


Depois da grande surpresa do dia, com a Arabia Saudita surpreendendo a Argentina, em seguida tivemos o primeiro 0x0. E a surpresa foi que aconteceu logo com a Dinamarca, que estava com um retrospecto muito bom, mas também, é preciso ver, de poucos gols nos dois sentidos: é difícil de fazer e de levar. Méritos também teve o time da Tunísia que poderia ter arrancado o placar mínimo, com um pouco de sorte. Foi uma equipe que jogou com intensidade, marcação correta e determinação. Talvez a Dinamarca não tenha estado num bom dia ou viva de inspirações de alguns jogadores que não foram bem. De qualquer jeito foi um jogo equilibrado. Assim também como o outro placar mudo de México e Polônia, que fizeram um jogo travado. O México teve muito mais tempo de bola, porém sem efetividade. Até chutou mais também sem levar perigo. A emoção ficou apenas por conta de Lewandowski que sofreu um pênalti e que o goleiro mexicano Ochoa segurou para delírio dos mexicanos, que fizeram a festa. O goleiro mexicano começa sua quinta copa salvando a pátria e levando a torcida ao delírio.  Aliás, o jogo foi mais animado nas arquibancadas do que no campo. O dia ficou marcado mesmo pelo desempenho eficiente do futebol francês. Um time que tem Mbappé, Giroud, Griezmann e Rabiot, mesmo sem Benzema, não pode deixar de ser considerado um dos favoritos. Nem mesmo tendo sofrido um gol no primeiro ataque australiano, quando Leckie pegou a bola, na direita, passou por Lucas Hernández e cruzou para Goodwin, sozinho,  abrir o placar na segunda trave com um forte chute, a equipe se abateu. Com força e empenho tomou conta da partida e depois de buscar, aos 26, Theo Hernández fez um lançamento na área, e Rabiot, de cabeça, empatou.  Um pouco depois o mesmo Rabiot participou roubou a bola no ataque, tabelou com Mbappé e deu, com açúcar, para Giroud que estava no lugar preciso, onde os bons artilheiros costumam estar e só bateu com precisão para virar o jogo. Só deu França daí em diante e teve inúmeras oportunidades de ampliar tanto com Giroud, Dembélé, Griezmann e Mbappé. A Austrália só teve um ataque nos acréscimos, numa cabeçada de Irvine na trave direita de Lloris, que somente podia, como fez, olhar. Mas, ainda que tivesse dado certo, a superioridade francesa foi flagrante e se mostrou no segundo tempo com Mbappé, aos 22,  de cabeça aproveitando o cruzamento de Dembélé, e Giroud, aos 25, depois  de Mbappé cruzar da esquerda. A França mostrou sua força de forma esmagadora: teve 63% de posse de bola e deu 23 chutes a gol, com sete deles na meta, contra apenas 4 da Austrália. Venceu com facilidade. Podia ter feito mais, porém ficou de bom tamanho.

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