Monday, June 30, 2014

Vitória alemã na prorrogação mostra a força do time


Antes do jogo todos pensavam que, pelo que haviam apresentado os dois times, a Argélia poderia até dar trabalho, porém, só por artes adivinhatórias, se poderia imaginar que tanto. O Beira-Rio foi premiado com um dos melhores jogos desta Copa graças ao fato de que o time da Argélia foi muito melhor do que se poderia supor. A grande verdade é que o técnico bósnio Vahid Halilhodzic teve capacidade para armar uma equipe completamente diferente com duas barreiras de quatro homens, uma delas na frente da área e entre elas um volante que flutuava defendendo onde fosse preciso. E assim, apesar da supremacia esmagadora, até no toque de bola, a maior qualidade de jogadores como Götze, Schweinsteiger, Kroos e Özil esbarraram numa barreira compacta de jogadores de verde muito difícil de transpor e, mesmo quando, com talento, faziam valer a sua superioridade os germânicos não conseguiam passar pelas mãos do goleiro Mbolhi.

E, no primeiro tempo, com este esquema a equipe alemã esteve praticamente imóvel em campo com uma rara oportunidade de fazer gol e levando sustos em contra-ataques velozes que somente também não deram certo graças ao goleiro Neuer, de vez que os argelinos conseguiram fazer com que  ele se transformasse num verdadeiro libero tendo que sair para se antecipar as descidas sempre perigosas em longos lançamentos. Sorte da Alemanha que seu goleiro esteve impecável. No segundo tempo Joachin Löw trocou Götze por Schürrle. Este aberto pela direita melhorou o jogo alemão e, com cinco ou seis jogadores descendo de forma mais compacta a Alemanha se tornou mais aguda. O jogo ficou quente, ganhou  muito mais intensidade e até deu a impressão que seria decidido, mas, as bolas paravam  em cima de Mbolhi. E a  Argélia mantendo-se fiel à sua estratégia também continuava a incomodar em contra-ataques de quatro cinco contra três.  E mesmo quando mais dominou a Alemanha deixava grandes espaços que se tornavam perigosos e Neuer teve que sair na intermediária e salvar de cabeça um lançamento para Slimani. Alguns lances de perigo fizeram o estádio urrar pela Algéria. Mas, Müller, tentava, e tentou três vezes. Primeiro,  fez grande jogada e cruzou para Schweinsteiger desviar. Aos 34, cabeceou, mas Mbolhi salvou - e também pegou o rebote de Schürrle. No minuto seguinte, dominou e chutou dentro da área, para fora. A Alemanha se desesperou tanto, nem eles esperavam tanta resistência, que, numa jogada ensaiada, Müller correu, tropeçou e saiu cambaleando numa jogada atrapalhada e cômica. Ocorreu, mesmo com a busca frenética de um gol no final do jogo, o que se esperava depois de uma partida equilibrada e eletrizante: a prorrogação. Com ela a eficiência alemã, mesmo que de uma forma meio sem jeito, se impôs. Numa bola perdida por Mandi na saída, Müller avançou até a linha de fundo e cruzou. Schürrle, mesmo passando da bola, meteu o calcanhar e ela quicando venceu o goleiro Mbolhi. Era, até que enfim, o tão esperado alívio: 1 a 0. Os argelinos tentaram reagir, mas, a Alemanha tocava a bola e, depois de ter retirado o peso da falta do gol, passaram a jogar mais à vontade e, por diversas vezes, estiveram por marcar, apesar da tentativa de pressão dos argelinos. Até que no penúltimo minuto, Özil, com um chute raivoso fez o 2 a 0. E, por incrível que pareça,  Djabou ainda apareceu para descontar para os argelinos. Não deu para muita coisa mais. Nem precisava. Todo mundo estava exausto e os alemães convencidos de que superaram um time muito difícil. A Argélia foi uma autêntica carne de pescoço. Foi uma vitória de talento e de paciência, com sangue, suor, dores e alegrias,  que mostrou ser a Alemanha uma séria candidata ao título. A França que se cuide.

A queda da inocência


Se olharmos para a equivalência do toque de bola das seleções da França e da Nigéria constatamos que a Nigéria levou uma pequena vantagem (54% x 46%) . Se olharmos para o jogo pode parecer que jogavam duas equipes de qualidade, mais ou menos, igual. Este, porém, seria um olhar superficial. A verdade é que, sob o ponto de vista do futebol, de resultados, os times africanos, com raras exceções, pecam por, mesmo tendo um futebol de muita qualidade e criatividade, serem de uma grande inocência em certos lances em que é preciso ser eficiente. A França sofreu um pouco-é verdade-porém, mais por ter estado numa tarde, não sei se efeito do calor, jogando de forma modorrenta, quase parada mesmo. Aliás, foi um jogo sonolento. E mesmo assim todas as vezes que buscava o gol era muito mais efetiva, dava muito mais a impressão de que podia liquidar a partida.
O jogo, no primeiro tempo, foi decepcionante para quem esperava que uma França, franca favorita, impusesse seu jogo. O que se via era a Nigéria tocando a bola, em certos momentos até mesmo envolvendo os Azuis. E chegaram a fazer pressão e um gol, com Emenike, que foi anulado, por impedimento. A França, com o susto, interrompeu o cochilo e com Pogba, Valbuena e Benzema ensaiaram levar algum perigo ao gol da Nigéria. Giroud, no entanto, estava muito ruim no jogo e sem gols o primeiro tempo se foi. O segundo tempo viu, mesmo com o jogo continuando em compasso de valsa, a Nigéria um pouco melhor, sempre buscando o gol, no entanto, pecando sempre nos passes em jogadas infantis. Até parecia que a Nigéria ia gostar do jogo quando Didier Deschamps tirou Giroud para colocar Griezmann e centralizar Benzema que estava deslocado na ponta. A França, então, depois de uma jogada em que Benzema quase marca despertou e melhoraram muito. Mesmo assim não faziam uma boa conclusão. Mas, a inocência nigeriana socorreu a França depois de uma grande defesa de Enyeama, numa cabeçada de Benzema, cobraram um escanteio e com um leve toque o goleiro deu um presente para Pogba mandar, de cabeça, para o barbante: 1 a 0. E era o suficiente porque a Nigéria não conseguiu depois se articular mais e, talvez, somente numa oportunidade chegou a assustar no tempo restante. Com mais 5 minutos de prorrogação, ao salvar um lateral, Odemwingie conseguiu a proeza de jogar a bola para escanteio. E, novamente, de forma infantil, deixaram Benzema cobrar para Valbuena poder cruzar sozinho e Griezmann só desviar a bola que ainda bateu em Yobo antes de entrar: 2 a 0.  Estava completa a queda da inocência. Este foi um jogo absolutamente previsível: só podia dar França. Tanto que, para ganhar, jogaram mesmo, para valer, uns quinze minutos. E, diga-se de passagem, bem abaixo do que se pode esperar de uma seleção francesa. 




Sunday, June 29, 2014

Pela segunda vez os pênaltis decidem quem continua


Sob qualquer aspecto que se analisar, fora a emoção de ser um mata-mata,  Costa Rica e Grécia fizeram um jogo muito ruim por absoluta falta de qualidade técnica. Em determinados momentos a má qualidade da partida estourou o limite de paciência dos torcedores que vaiaram seguidamente os jogadores. A grande verdade é que se o jogo era ruim não se pode dizer a mesma coisa dos técnicos que fizeram o que puderam para vencer com o material humano que tinham. Por esta razão, apesar de um leve predomínio grego que não apresentava eficácia o primeiro tempo foi modorrento com poucas oportunidade de gol. Só, aos 6 minutos, o time da América Central levou algum perigo com um chute de Bolaños.  Aos 11min, houve a resposta da Grécia Christodoulopoulos batendo perigosamente para fora. A bola mais perigosa foi grega, aos 36min, Salpingidis dividiu com a marcação costarriquenha, tocando na saída de Navas, que tirou com a perna evitando o primeiro gol. E mais nada.

Veio o segundo tempo e, inesperadamente, numa jogada bem trabalhada, aos 7 minutos,   Ruiz recebeu um passe na entrada da área e, de primeira, bateu de perna esquerda; o chute pegou efeito e entrou mansamente no pé da trave esquerda, enquanto o goleiro Karnezis e os zagueiros atônitos apenas observavam. O gol abalou os gregos. E, aos 8 minutos, uma bola cruzada da direita do ataque costarriquenho foi cortada por Torosidis com o braço dentro da área - o árbitro mandou seguir mesmo sob protestos dos jogadores de Costa Rica que pediam o pênalti. E, logo depois, criou-se o grande drama da partida quando Duarte deixou a Costa Rica com um homem a menos, aos 21min,  recebendo o segundo cartão amarelo por falta em Holebas. O técnico Fernando Santos fez o que devia substituindo peças para tornar a equipe mais ofensiva. A Grécia partiu para o ataque contra duas parelhas de quatro homens que tentavam barrar as jogadas e ganhar o tempo que podia numa desgastante batalha de ataque contra defesa. Houve muitas chances de empate, porém, o goleiro Navas pegou bolas difíceis até que no finalzinho do jogo, depois de espalmar, não teve como impedir que Papastathopoulos aproveitasse e completasse para o gol, empatando o jogo. Era um castigo um gol naquele momento com a equipe com um menos e completamente cansada. Na prorrogação, porém, os gregos foram surpreendidos por um resto de gás de Costa Rica que criou ainda algum perigo, mas, tiveram duas oportunidades que pararam em Navas. Cansadas, as duas equipes não conseguiram mais criar grandes chances de gol. No fim  o jogo foi para a loteria dos pênaltis. E os costarriquenhos acertaram todas as suas cobranças, três delas apostando em chutes fortes no meio do gol. Fizeram Borges, Ruiz, González e Campbell. Pela Grécia, Mitroglou, Lazaros e Cholevas também converteram, mas, Gekas bateu mal e Navas agarrou na quarta penalidade. Então Umaña cobrou e fez classificando Costa Rica. Agora Costa Rica, que fez história, tem uma pedreira pela frente: a Holanda. 

Uma virada espetacular


Bem que o México deu trabalho, mas, a melhor qualidade e a criatividade do time holandês acabou por superar um obstáculo difícil no seu caminho. No início da partida, o México apareceu melhor pressionando, com relativo sucesso, a saída de bola da Holanda e diminuindo os espaços para a equipe europeia. O jogo era equilibrado, porém, os chutes ao gol foram muito mais dos mexicanos ainda que sem uma boa efetividade. Só aos 15 minutos a Holanda deu sinal de vida com Robbens. Mas, o lance mais perigoso somente seria, numa triangulação de Peralta e Herrera que foi concluída  com uma finalização muito perto da trave direita de Cillessen. Seria o goleiro holandês obrigado a novamente espalmar, depois, um chute de longa distância de Salcido. Só quase no fim do primeiro tempo é que uma falha da defesa mexicana deu a  melhor oportunidade da Holanda já nos acréscimos quando Van Persie tocou para Robben dentro da área e este caiu num pênalti não marcado de Rafa Márquez.
No segundo tempo, com a entrada de Reyes, em lugar de Moreno, o México levou só três minutos para fazer um gol. Giovani dos Santos recebeu a bola na entrada da grande área, matou no peito e soltou uma bomba, no lado oposto do goleiro, que ainda voou sem impedir que a bola entrasse no seu canto esquerdo. México 1 x 0. O técnico Van Gaal não teve outro jeito senão fazer seu time avançar para buscar o empate. E, modificando o esquema tático, tirou Verhaegh para a entrada do ofensivo Depay. E foi para cima com toda força, mas, o México estava compacto na defesa e, se fechou ainda mais tirando Giovani dos Santos para colocar o meia Aquino.  Quando tudo falhava, como aconteceu numa cobrança de escanteio aos 13 minutos, Ochoa foi milagroso rebatendo uma bola da pequena área num chute de De Vrij. Apesar do sufoco e de Robben e Sneijder tentarem com empenho não aparecia uma bola capaz de furar o bloqueio mexicano. Quase na hora da parada técnica Peralta saiu e Chicharito Hernández foi para o jogo. Pela Holanda, Van Persie deu lugar a Huntelaar, logo antes da parada técnica.

No recomeço do jogo, a Holanda mostrava toda sua força, vontade e disposição para ganhar, mas, não conseguia uma boa oportunidade para finalizar. Até que o talento fez a grande diferença: Sneijder numa sobra de bola, aos 42 minutos, chutou de forma forte, certeira e indefensável: 1 x 1. O jogo ficou aberto, mas, de novo o talento fez diferença, aos 49 minutos, nos acréscimos, Robben pegou uma bola e entrou driblando até a linha de fundo, tentou driblar para ter angula e  foi derrubado na área. Pênalti que Huntelaar bateu sem piedade. Os mexicanos protestaram. O técnico diz que vai para casa por causa do juiz. A Holanda não tem nada a haver com isto. Segue em frente com o dever cumprido e tendo em Hobbens um dos melhores jogadores desta Copa, senão o melhor, até agora, a bola nos seus pés é sempre sinônimo de bom futebol e emoção. 

Uma volta para ser esquecida


A Colômbia voltou a manter o seu padrão de jogo com muito toque de bola e rapidez nas jogadas de área, porém, mesmo assim encontrou o Uruguai bem postado, um time que tem as características de jogar retrancado, daí, que, apesar de ser melhor, não conseguia muito sucesso com o seu jogo coletivo. Até sair o gol de James Rodriguez, aos 27 minutos, não se havia visto nenhuma jogada que se pudesse classificar de perigosa. Foi o brilho do camisa 10 colombiano, que, mais uma vez, fez a diferença, pois, dominou a bola no peito, ajeitou e soltou uma bomba com a bola batendo no travessão para entrar sem que Muslera pudesse fazer nada. Obrigado a ir buscar o empate o Uruguai se mandou e, numa cobrança de falta de Cavani, aos 32, quase empatou com a bola passando próxima, e por cima, do gol colombiano. O jogo, no entanto, ficou truncado até o final do primeiro tempo quando um chute de Stuani, que Ospina espalmou para escanteio, quebrou a monotonia.

Era de se esperar que o Uruguai voltasse com disposição para virar o jogo. Pode até ter tido a intenção, contudo, aos quatro do segundo tempo, Armero lançou Cuadrado na área. O atacante cabeceou para trás colocando James Rodriguez, novamente ele, bem colocado na pequena área, para somente empurrar para o fundo das redes. Uma jogada espetacular que coroava o bom futebol de que se transformava, com o seu quinto gol, no artilheiro isolado da Copa. O Uruguai partiu para o tudo ou nada. E, mesmo sem inspiração, sentindo a falta de seu matador Suárez, tinha maior dificuldade ainda de ser efetivo. Se bem que, mesmo assim, aos 18, Cristian Rodriguez chutou de fora da área para parar em Ospina. E não foi diferente quando, aos 32, Maxi Pereira chutou na saída de Ospina, que voltou a pegar. Seis minutos depois, Cavani bateu da entrada da área, rasteiro, e o goleiro colombiano fez outra bela defesa. E, por mais que Tabarez tentasse uma forma do Uruguai ficar mais rápido e mais ofensivo suas estratégias paravam no maior domínio da bola do time colombiano que contou com mais uma bela atuação de James Rodriguez, um meio-esquerda clássico e de habilidade, muito ajudado por Cuadrado e Zuñiga, e pela também grande atuação de Ospina. Com o resultado a Colômbia é o próximo, e difícil, adversário do Brasil. E o Uruguai voltou ao Maracanã para ser eliminado. O palco das glórias antigas foi o carrasco das pretensões do Uruguai que ainda teve de amargar um desempenho medíocre de uma das suas grandes estrelas. Fórlan, que foi o melhor jogador da Copa passada, se despediu melancolicamente sem mostrar nem sequer lembrança do seu brilhante futebol que fez uma imensa falta ao time celeste.  A volta do Uruguai ao templo do futebol somente há de ser lembrada pela festa amarela dos colombianos com seus dois belos gols. Para o Uruguai é uma página a ser virada e esquecida. 

Saturday, June 28, 2014

E a bola bateu na trave...


Este Brasil e Chile foi um daqueles jogos em que os deuses do futebol se divertiram em mostrar que fazem o que desejam, que o futebol tem uma lógica própria e insondável que é, ao mesmo tempo, obscura e nitidamente perceptível, embora inexplicável. E, por este ângulo, é evidente que o Brasil iria derrotar o Chile, como fez. O Brasil poderia ter perdido? Poderia e esteve muito, mais muito mesmo, perto de perder. Mas, não perdeu. A bola caprichosa e calculadamente bateu na trave. Duas vezes. Foi como se dissesse ao Chile que não era seu dia, que, para desespero de seu time, eles teriam que voltar para casa. Não foi um grande jogo do Brasil, embora começando nervoso, fazendo umas faltas bestas, sem o menor sentido, tivesse tomado conta da partida. O Chile não fazia mais nada do que se defender e Neymar não esteve nos seus melhores dias, embora, mesmo assim, desse muita dor de cabeça tanto que Aranguiz acertou sua coxa com uma disposição de quem queria tirá-lo da partida. O Brasil teve o jogo dominado e a tranquilidade que passava era de que liquidaria a partida. E esta sensação ficou maior com o gol de David Luiz, saído de um escanteio, numa disputa de bola com Jara. Com um 1x0 tivemos tudo para liquidar a fatura. E, quando não se podia prever, de um lateral nosso mal cobrado, um passe displicente deu a oportunidade para Vargas, oportunista e rápido, tocar para Alexis Sanchez que, com a crueldade impiedosa de um matador, empatou a partida calando o entusiasmo da torcida brasileira. Uma bobeira monstruosa transformou uma partida fácil num sistema de liquidar cardíacos. O jogo passou a ser um teste de coração e crescer de intensidade dramática a medida em que os lances se sucediam sem sucesso. No segundo tempo o jogo ficou ainda mais dramático e mais aberto, embora o Brasil, mesmo com Felipão mexendo, não tivesse mais o domínio da partida que passou a ser chileno. Ainda assim, mais na base do talento e da qualidade Hulk, aos 9 minutos, fez um gol legítimo que o juiz entendeu que o atacante ajeitou com o braço antes de chutar e anulou. Entretanto as oportunidades se sucediam de lado a lado. Júlio César fez uma defesa notável num chute de Aránguiz aos 19 minutos. Já Bravo foi quase milagroso num lance em que Hulk, aos 38 minutos, chutou, cara a cara, com ele. E a partida terminou sem que o placar se mexesse. A prorrogação passou crivada de nervosismo, de emoção, com o coração dando pulos a cada bola disputada. O Brasil passou a ter o domínio de novo, mas, não era do mesmo jeito. Era um domínio esgarçado por onde podia uma bola traiçoeira acabar com o sonho da Copa. E, mesmo crescendo, pressionando nos minutos finais, a grande oportunidade da prorrogação foi chilena com Pinilla que, da entrada da grande área, soltou uma bomba que explodiu na trave carimbando a sorte de Júlio César e do Brasil. Uma bola daquelas na trave, naquela hora é um aviso dos deuses. E nos pênaltis David Luiz converteu o primeiro. E Júlio César defendeu o chute de Pinilla. Na sequência veio Willian e chutou para fora. E, espantosamente, o frio, o mortal, o grande nome chileno, Alexis Sanchez, bateu para o goleiro brasileiro defender. Em seguida Marcelo fez. Com 2x0, porém, Aránguiz fez o primeiro gol chileno. E, para desespero brasileiro, Hulk chutou mal, em cima do goleiro Bravo, que defendeu. Veio Marcelo Díaz batendo escandalosamente forte, sem a menor chance de defesa, para empatar o duelo. Com um pênalti apenas para bater coube a Neymar recolocar a vitória nos trilhos batendo de forma inapelável. E, na última cobrança, Jara chutou muito forte. A bola encontrou a trave direita explodindo a participação do Chile na Copa. E se cumpriu o que estava escrito: o Chile não passaria para as quartas de finais. Vai o Brasil. Com muita sorte e sofrimento.

Thursday, June 26, 2014

Halilhodzic vai dançar e cantar com o empate da Argélia


Para a Argélia é uma nova página na história de sua seleção, pois, pela primeira vez na história, irá para uma segunda fase de Copa do Mundo.  Apesar da seleção da Rússia ter começado muito bem, longe do time acomodado que empatou com a Coreia do Sul e perdeu para a Bélgica,  os russos partiram para o ataque. E, logo aos 6 minutos Kombarov recebeu na esquerda e fez um belo cruzamento para a área argelina para Kokorin subir sozinho e, de cabeça, colocar a bola, com precisão, para dentro do gol: 1 x 0 Rússia. A Argélia até tentou reagir e assustar o time russo, porém, faltava qualidade ofensiva. Os jogadores mostravam muita dificuldade em se desvencilhar da marcação dos zagueiros da Rússia, e, poucas vezes, chutaram contra a meta de Akinfeev. Houve um pênalti não marcado que o juiz não viu, uma puxada de camisa de Kozlov dentro da área. O problema é que foram muitos erros de passe de ambas as equipes e a Argélia dependendo inteiramente do meia Feghouli, que enfrentava só jogadores de boa qualidade no meio, mas, ninguém mesmo foi efetivo, apesar do domínio um pouquinho maior a equipe russa abusava de  lançamentos para o trio de ataque- Shatov, Kokorin e Kerzhakov- sem dar certo.

Nada mudava muito no segundo tempo, todavia, os argelinos começaram a ficar mais com a bola nos pés e, aos 15 minutos, Brahimi cobrou uma falta para a área, Akinfeev saiu mal do gol e nada achou. Quem se aproveitou o erro do goleiro foi Slimani, atacante que subiu mais alto  cabeceou para empatar o jogo: 1 x 1.  Os russos reclamaram de um laser apontado por um torcedor, no momento da cobrança da falta, no rosto de Akinfeev, que  teria sido atrapalhado. O árbitro não viu e não fez nada a respeito. Com o empate a Argélia procurou se defender, já que o resultado garantia sua classificaçãol. Aos 25 minutos Halilhodzic, colocou Yebda no lugar de Brahimi para tentar assegurar o empate. A Rússia tentava tocar a bola em busca de espaços, porém, não conseguia abrir a defesa. Só chegava a invadir a área com cruzamentos ou lançamentos longos que se mostravam errados ou inócuos. Mesmo assim havia a sensação de que um gol poderia sair. Até aos 40 minutos quando, definitivamente, os argelinos trabalharam para o tempo passar tentando manter, de qualquer forma a posse de bola ou isolá-la para que não se criasse nenhuma jogada. E os russos, no desespero, não souberam romper a retranca africana. O resultado de 1 x 1 acabou sendo justo. Até na posse de bola empatavam e ninguém merecia mesmo a vitória. Os argelianos fizeram uma festa e, como havia prometido, o técnico Vahid Halilhodzic, tido por turrão, havia dito que  se consiguisse a vaga no jogo contra a Rússia iriaa dançar e cantar. Já pode fazer sem susto de parecer um sonhador.  Agora, a seleção da Argélia enfrenta a Alemanha nas oitavas de final, que será realizada no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, na próxima segunda-feira, dia 30. No outro jogo, mesmo com 10 homens, a Bélgica ganhou da Coréia do Sul por 1x0 e foi outra equipe que teve 100% de aproveitamento. Os belgas, primeiro de seu grupo, enfrentam os Estados Unidos, terça-feira, em Salvador,

Uma derrota festiva


Quase que o jogo não se realiza por causa da chuva na capital pernambucana, mas, o sistema de drenagem mostrou que se podia jogar bola funcionando muito bem. No campo, os Estados Unidos fechou a porta tentando garantir a classificação, de vez que jogava pelo empate e o seu bloqueio foi muito eficiente até porque, embora se esforçando a Alemanha não esteve num dia dos mais inspirados. A sua melhor oportunidade veio apenas aos 34 minutos, quando Mesut Özil arriscou um chute rasteiro e Howard fez uma boa defesa. O americano Graham Zusi quase surpreendeu Manuel Neuer com um chute de longe, mas, a primeira metade terminou com mais disputa de bolas divididas fortes do lances perigosos ou boas jogadas.
Na segunda etapa, colocaram Klose no lugar do atrapalhado Podolski. Bem que o atacante estava disposto a alcançar seu 16º gol em Mundiais e ultrapassar Ronaldo como o maior artilheiro de todas as Copas, mas, não teve muita oportunidade. O gol único da partida, aos nove minutos, foi mesmo de  Thomas Müller que pegou uma sobra na área de primeira e, primorosamente, acertou um chute no canto de Howard de forma indefensável. E fez o seu quarto gol de Müller nesta edição colocando-se como artilheiro da Copa, até agora, ao lado de Messi e Neymar. Aos 24 anos, já fez nove gols em Mundiais. Os norte-americanos avisados do resultado entre Gana e Portugal, não aceleraram o ritmo para buscar o empate e a Alemanha seguiu controlando o jogo tentando fazer outro dentro do ritmo lento do toque de bola. Ainda assustou com um chute de Howedes com a bola passando à direita de Howard. Os Estados Unidos tiveram duas boas chances de empate no último minuto. As duas desperdiçadas por seu principal jogador, Clint Dempsey. No fim, prevaleceu mesmo o 1x0 e, mesmo derrotados, os americanos fizeram uma festa na Arena Pernambuco comemorando a classificação com a vitória de Portugal 2x1 sobre Gana. Ambos vão em frente e esperar os adversários da próxima fase.

Nem um gol para salvar a monotonia de um jogo ruim


Geralmente qualquer jogo de 0x0 é, por sua natureza, ruim. Excepcionalmente um ou outro, quando se tem lances de grandes defesas ou erros notáveis escapam, mas, em geral o placar mudo representa futebol ruim. Em relação ao jogo França e Equador não há o que discutir: se não foi o pior, sem sombra de dúvidas, foi um dos piores da Copa. Foi um jogo de tantos erros e lances violentos que é difícil falar do que aconteceu, de vez que até jogadores da qualidade do goleador Benzema parecia ter desaprendido tudo.  O primeiro tempo foi um dos piores de toda a Copa do Mundo. É verdade que a       França, já classificada poupou muitos jogadores  e se limitou a ficar tocando a bola no campo de ataque. O Equador, que precisava da vitória não conseguia sair da defesa. Então, se pode dizer que o primeiro tempo teve apenas uma defesa de Dominguez numa cabeçada de Matuidi aos 37 minutos e uma outra defesa de Lloris na cabeça de Enner Valência, aos 41 minutos. Fora isto, notável só mesmo uma cotovelada de Sakho em Minda chamou atenção. No segundo tempo o jogo tomou um pouco mais de movimento e as oportunidades apareceram. Mas, logo, aos 4 minutos, Valência deu um carrinho criminoso em Digne e tomou o vermelho. Ficou mais fácil para a França que teve muito mais chances de marcar, porém, em contra-ataques o Equador também teve diversas oportunidades. Todas elas somente serviram para demonstrar ou a má pontaria ou a falta de folego dos jogadores que com uma dose maciça de ineficiência não conseguiram mexer no placar. E o jogo terminou 0 a 0. Para a França o  resultado garantiu o primeiro lugar no Grupo E. Já os equatorianos foram para casa e se tornaram a primeira equipe sul-americana eliminada na Copa do Mundo. Na próxima fase, a França vai enfrentar a Nigéria, na próxima segunda-feira (30), às 13h, no Mané Garrincha. A Suíça, que ficou em segundo lugar ganhando de 3x0 de Honduras,  enfrenta a Argentina no mesmo dia, às 17, no Beira-Rio.


Wednesday, June 25, 2014

Messi, mais uma vez, faz a alegria dos argentinos


A Argentina, tendo ganho seus dois jogos anteriores, encarava o jogo mais como um teste para seus jogadores antes da fase de mata-mata. E, logo no início, com Messi aparecendo na hora certa para abrir o placar no 2º minuto da partida foi como se tivessem colocado mel no pão para a coisa ficar bem docinha. Mas, se a Argentina tem Messi, a Nigéria tem Musa e, este, com um desconcertante drible em Zabaletta, igualou um minuto depois as coisas. Foi uma ducha de água fria no entusiasmo da torcida argentina, porém, convenhamos a diferença de qualidade é muito grande e Messi estava num dia inspirado. Andou armando boas jogadas que não foram aproveitadas e, no final do primeiro tempo, de falta, mais uma vez, resolveu o problema.

É verdade que, no segundo tempo, de novo Musa bagunçou a festa. Só por uns tempos, de vez que a Argentina martelou até fazer um gol, de Rojo aproveitando uma cabeçada mal dada num escanteio. E era só o necessário. O resto foi administração do tempo com um ou outro lance de real perigo. Assim a Argentina atingiu 100% de aproveitamento na fase de grupos da Copa do Mundo e Nigéria, beneficiada com a vitória da Bósnia de 3x1 sobre o Irã se classificou para a fase seguinte. A seleção argentina irá esperar para encarar o segundo lugar da chave, na próxima terça-feira, na Arena Corinthians. Já os Super Águias pegarão o líder do grupo, um dia antes, no Estádio Nacional Mané Garrincha. O nome do jogo, mais uma vez, foi Messi que, ainda por cima, temporariamente, passa a ser o artilheiro da Copa, com 4 gols, juntamente com Neymar. Mas, Di Maria, Mascherano, Zabaletta, Rojo e Lavezzi também fizeram uma partida excelente demonstrando que o time tem qualidades e, até pelo caminho que tem pela frente, deve estar entre os que serão finalistas desta Copa, embora, as surpresas não aconselhem ninguém a fazer prognósticos. 

Colômbia e Grécia compõem oitavas de times antes improváveis


Assisti Colômbia e Japão aos pedaços.  E, pelo que já havia assistido do Japão pensei que seria um adversário difícil até o primeiro gol. Errei. Não foi. O time japonês é até arrumadinho, porém, não conclui com o mínimo de precisão e foi uma presa fácil mesmo o primeiro gol colombiano só saindo aos 16 minutos, em pênalti cobrado por Cuadrado, e empatando, já nos acréscimos da etapa inicial, com cabeçada de Okazaki após cruzamento de Honda. Mesmo tendo procurado o gol e, em muitos momentos, jogando melhor, a verdade é que as conclusões japonesas são péssimas e a faltou sempre a eles aquele desejo de ganhar, enquanto sobrava uma certa inocência no posicionamento em campo. Daí, como era de se esperar, a melhor qualidade colombiana foi se impondo em campo e o segundo gol da Colômbia veio aos 10 da etapa final, com um chute de Martínez. Que depois repetiu a dose marcando o terceiro, aos 37 minutos, depois de receber um passe perfeito de Rodríguez. Se a pá de cal já havia sido posta, o  quarto, uma pintura de James,  aos 45 minutos, com direito a ginga e a muita comemoração foi somente para completar o passeio. Se considerarmos o comportamento e o resultado do Japão nesta Copa diríamos que, invés de progredir o futebol japonês regrediu. Até Honda, um jogador de indiscutível talento, esteve longe de repetir suas boas atuações. Uma pena, de vez que se esperava mais do Japão.

E a provável tragédia grega, de vez que Costa do Marfim só precisava segurar o empate para escapar da primeira fase de uma Copa do Mundo pela primeira vez, se transformou na festa grega. Um gol de pênalti, no último minuto da partida, tirou a Grécia da eliminação. Derrotando a Costa do Marfim por 2 a 1, em Fortaleza, se classificou no segundo lugar na chave para enfrentar a Costa Rica nas oitavas de final. Com os resultados da terça-feira, mais um clássico sul-americano ocorrerá nas oitavas de final. Primeira colocada no grupo C, a Colômbia será oponente do Uruguai, que ficou na segunda posição do grupo D. Serão duas oitavas que vão reunir, até certo ponto, os times mais surpreendentes da Copa. Costa Rica por ter ficado em primeiro, no chamado “Grupo da Morte”, a Grécia, que se classificou de forma improvável, a Colômbia, que foi uma das poucas seleções que chegou a 100% de aproveitamento, bem como o Uruguai, que ressurgiu das cinzas derrotando Inglaterra e Itália de forma quase heroica. É uma Copa que, sem dúvida, será ainda palco de muitas surpresas. 

Tuesday, June 24, 2014

Gol desajeitado despacha Itália em jogo emocionante e ruim


Meus amigos, se houve um jogo sofrido, mal-ajambrado, dramático, mas, técnicamente ruim, foi este em que os uruguaios venceram a Itália por 1 a 0 e conseguiram a segunda vaga no Grupo D. Que o jogo seria ruim era visível logo no começo quando as faltas acompahavam os minutos e, mais por parte do Uruguai, havia um má intenção evidente nas entradas criando um clima de hostilidade mutúo. Mas, foi Balotelli, que foi mais inocente, e de forma tosca entrou forte sobre um adversário para receber o primeiro cartão amarelo, aos 21 minutos. O árbitro paralisou muito o jogo para atendimento de algum jogador caído no gramado. Depois, raciocinando sobre o jogo compreendi que foi uma tática deliberada para desequilibrar o time italiano. Só Luiz Suárez é que levou tudo ao pé da letra, e no segundo tempo, quando nada funcionava e disseram para que ele "mordesse" o adversário, irritado, levou a recomendação ao pé da letra. Encarnou o espírito de Mike Tyson! De forma que, de futebol,  no primeiro tempo se viu  muito pouco.  As duas seleções atulhavam o meio de campo, ambas num 3-5-2,  sem conseguir criar boas jogadas. E a a Itália concentrou a posse de bola, enquanto os uruguaios tentavam o contra-ataque.  Tudo sem muita inspiração. Só houve um vacilo, aos 32 minutos, que permitiu a  Cristian Rodriguez passar para Suárez, que tabelou com Lodeiro e invadiu a área. Buffon saiu pegando a bola quase nos pés do uruguaio e, no rebote, espalmou a bola de Lodeiro.
A Itália, no segundo tempo, tirou Balotelli que, pelo que fez no primeiro tempo não faria falta e tinha grande propensão para ser expulso. E tudo parecia voltar ao rame-rame quando, aos 16 minutos, Marchisio, na frente do juiz,  entrou de sola com a chuteira no joelho de Arévalo Rios e foi expulso. Com 10 homens, um a menos, o resto do jogo foi um suplício com a Itália tentando manter o empate. Buffon, por duas vezes, fez milagre, mas, de tanto se defender aconteceu o que, normalmente, acontece e numa bola parada. Aos 35 minutos Luis Suárez cobrou um escanteio da direita e o zagueiro Godín saltou, no meio de um monte de jogadores,  mais alto que a defesa para cabecear meio sem jeito e a bola entrar no canto esquerdo de Buffon. Um gol tão desengonçado quanto a partida. Depois os italianos ainda tentaram com enorme esforço e com falta de inspiração. Se os uruguaios tivessem também tido melhor qualidade teriam feito o segundo. Ficou no 1x0 que mandou a Itália de volta para casa. Agora, pela lógica, o Uruguai deve pegar a Colômbia. Lógica, no entanto, não deve ser muito levada em consideração na atual Copa. Tudo pode acontecer. 



Monday, June 23, 2014

Um dever de casa mal feito


Devo dizer que fiquei decepcionado com o futebol apresentado pelo Brasil. Minha opinião inicial era que o placar seria o que acabou sendo: 4x1. A questão é que acreditava que seria um jogo fácil. Não foi. Pode se enganar quem quiser, mas, pela diferença de qualidade seria de se esperar que fosse um jogo fácil. Acreditei nesta hipótese, mas, tenho que dizer que estava errado: não foi. O Brasil jogou um futebol abaixo do que se poderia esperar de um time que deseja ser campeão. Só as atuações individuais, em especial de Neymar explicam o resultado. A seleção brasileira começou a partida tentando fazer uma pressão total, porém, não conseguia repetir as boas atuações que levaram a equipe a conquista da Copa das Confederações. Havia uma evidente falta de entrosamento e um nervosismo que ficava patente nos passes mal dados. E Camarões, sem responsabilidades e um time que tem bons e experimentados jogadores, começou a gostar do jogo. A sorte foi que, aos 16 minutos, Luis Gustavo roubou uma bola no meio campo, avançou  e cruzou para Neymar, que sempre bem colocado, abriu o marcador. Parecia que o Brasil se ia se tranquilizar. Não foi o que aconteceu mesmo que, por algum tempo, parecesse que seria capaz de liquidar a partida. Logo os camaroneses começaram a incomodar e depois, Nyon conseguiu fazer Daniel Alves dançar e cruzou rasteiro para, numa falha geral da defesa, Matip, com tranqüilidade, empurrar para as redes, empatando a partida. A partida ficou mais equilibrada e, por sorte mesmo, não desandou, quando parecia que a qualquer momento isto poderia acontecer. A realidade é que o Brasil não conseguiu impor seu ritmo de jogo e ganhou pela qualidade individual. E foi, novamente, aos 35 minutos, quando Marcelo passou a bola a Neymar, que avançou pela meia esquerda, cortou o zagueiro, e, bateu no contrapé do goleiro, desempatando o jogo que ficou melhor. Foi só o que houve no primeiro tempo. Na volta, Felipão sacou Fernandinho, em troca de Paulinho, um desaparecido em campo. E tentaram até que Marcelo cruzou pela esquerda e Fred marcou o terceiro do Brasil, o primeiro dele na competição. Tiraram Hulk, aos 17 minutos, para a entrar Ramires tentando acertar o meio de campo que continuou sem grande poder de criação.  Willian entrou no lugar de Neymar por receio de Felipão par evitar uma contusão e uma possível suspensão por cartão amarelo. Nada mudou. O Brasil não conseguiu impor seu ritmo, até, aos 38 minutos, Fernandinho se aproveitar da falha da defesa camaronesa, triangular com Oscar e Fred, e marcar mais um gol, na saída do goleiro. No entanto, mesmo ficando em primeiro lugar do grupo, de vez que o México se classificou ganhando de 3x1 da Croácia, o Brasil para quem deseja ser campeão mundial ganhou sem convencer. A verdade é que ficou devendo uma atuação melhor. O meio de campo do Brasil não funcionou. Foi um dever de casa feito, mas, sejamos realistas, mal feito. No 100º jogo do Brasil a única coisa que se conseguiu provar é que Neymar é, de fato, um jogador fora de série. Já o Brasil terá que provar que é um real candidato ao título ganhando do Chile. Não será uma tarefa fácil.


Holanda se credencia como candidata ao título



Foi um jogo típico de decisão o que proporcionaram Holanda e Chile. Por isto mesmo, em alguns momentos, em especial os holandeses, tiveram que conviver com vaias e reclamações, mas, na hora da onça beber água, como era o caso, se joga com a vantagem que tem e a Holanda que tem no contra-ataque uma arma forte fez o que se esperaria que fizesse. E o Chile, mesmo sem ser brilhante, jogou bem tanto que o placar em branco do primeiro tempo refletiu a igualdade das equipes, de vez que ainda que tendo boas oportunidades não eram eficientes e os holandeses me pareciam mais capazes de fazer o primeiro gol, o que, depois, se demonstrou ser correto, principalmente, por Robbin ser, de longe, quem jogava melhor entre todos os atacantes, apesar de Alexis Sánchez aparecer em maior número de jogadas.

No segundo tempo, o panorama se manteve o mesmo até os 20 minutos, quando Alexis Sánchez entortou Lens e chutou forte para defesa de Cillessen. A Holanda respondeu com uma arrancada de Robben, batendo forte, mas, nas mãos de Bravo. O Chile não estava satisfeito com o resultado e resolveu, aos 26 minutos, colocar Valdivia no lugar de Silva. Era uma tentativa de melhorar o meio de campo. A resposta do treinador holandês foi colocar o jovem Memphis Depay, que já havia entrado bem no jogo contra a Austrália, e, depois outro jovem Leroy Fer, com muito mais felicidade nas trocas, de vez que, aos 33 minutos, Fer, que entrou no lugar de um medalhão, Wesley Sneijder, no seu primeiro toque na bola, marcou, de cabeça, depois de um cruzamento perfeito de Daryl Janmaat. O Chile, justiça seja feita, não se acomodou e se lançou com toda força que podia ao ataque na busca de um gol. Um duro é que ficava cedendo espaços para os mortais contra-ataques holandeses. E num deles, aos 45 minutos, Robben recebeu mostrou toda sua capacidade de ser veloz e hábil para cruzar para o vigoroso e sortudo Memphis Depay apenas completar para as redes.  A Holanda mostrou as armas e, de forma competente, se habilita como uma das seleções com capacidade de chegar à final. Não só pelos 100% de eficiência, contudo, muito mais pelas condições demonstradas sobejamente de ser um time capaz de suportar pressão e perigoso nas jogadas de área. O faz com que a seleção holandesa termine no topo do Grupo B e irá enfrentar o segundo colocado do grupo A, que, seja quem for, já sabe que a Holanda é favorita pelo que apresentou até agora. Por tudo que fez, até agora, com a melhor campanha entre as seleções da Copa, com um time bem postado, não se pode ter muitas dúvidas de que é um time preparado para chegar as finais, porém, como esta é a copa das surpresas... No outro jogo a Espanha se despediu fazendo 3x0 na Austrália. 

Sunday, June 22, 2014

Um empate no último minuto


Foi mais um jogo que não foi lá essas coisas, mas, compensou por ter se tornado, em muitos momentos, emocionante com gols inesperados e até de barriga. Para Portugal era uma questão de sobrevivência de modo que partiu para dominar a partida e começou vencendo logo aos 5 minutos. Num cruzamento de Miguel Veloso, o zagueiro Cameron afastou mal e sobrou no pé de Nani que acertou um foguete no alto do gol de Howard: 1 a 0. Aliás, continuaram a sair de seus pés as melhores jogadas e chances de Portugal. Mas, o calor fazia o jogo ter um passo cadenciado.  Não é mole correr numa temperatura de 32 graus com o enorme desconforto que advém da ar úmido da capital manauara. Os dois times suavam a camisa visivelmente sem muito resultado prático. E foi ainda de Nani um chute que obrigou o goleiro americano a fazer uma defesa fundamental , aos 41 minutos, depois de lançamento de Cristiano Ronaldo. Três minutos mais, deu outra bomba, que acertou o poste, e, na sequência, Éder quase marca, mas, Howard impediu outra vez.  

Sem grandes alterações até que, no começo do segundo tempo, o time de Jurgen Klinsmann tentou repetir a pressão da partida contra Gana. Porém, não conseguiam e os americanos arriscavam somente de longe, com Bradley e Zusi. Portugal ainda estava melhor quando num contra-ataque, aos 10 minutos da etapa final- do lado esquerdo, o lado mais frágil da defesa portuguesa, os americanos exploraram mais uma vez e a bola sobrou para Bradley finalizar e, Ricardo Costa interrompeu a trajetória da bola quase em cima da linha salvando Portugal. Era já um sintoma de que os EUA buscavam o empate que só veio, aos 18 minutos, quando o volante Jermaine Jones aproveitou o rebote da cobrança do escanteio, limpou o lance para o meio da área e, no melhor estilo Messi, chutou forte, com efeito, para fazer o gol. O técnico português Paulo Bento tentou rearrumar Portugal colocando Varela como ponta-esquerda e manter Ronaldo na área. E se nada dava certo, para piorar, aos 36 minutos, DeAndre Yedlin disparou pela direita e cruzou. A zaga afastou mal e Zusi pegou para cruzar e Clint Dempsey, de barriga, desviar para fazer 2x1. Portugal tentava, tentava sem muita inspiração. Tudo indicava que ia perder mesmo com 5 minutos mais de prorrogação. Mas, os caprichosos deuses do futebol resolveram que havia sido castigo demais para Cristiano Ronaldo, em campo sem muitas condições físicas, e lhe deram uma oportunidade de fazer algo no jogo. Praticamente no  último lance, o Cristiano Ronaldo recebeu uma bola limpa e cruzou, com açúcar, para Varela decretar um empate que ninguém mais esperava. Coisas do futebol e mais uma surpresa nesta Copa das surpresas. Porém, mesmo assim, Portugal dificilmente escapa de voltar mais cedo. 

Mais uma vitória nos minutos finais


Bélgica e Rússia fizeram um jogo muito igual e razoável tecnicamente, mas, não escaparam dos gritos de “segunda divisão” da torcida carioca por não conseguirem ser eficientes nos seus ataques. A Bélgica foi bem melhor,até mesmo pela qualidade de seus principais jogadores que atuam nas ligas europeias. E demonstrou um bom futebol que a credencia a ir mais adiante, o que, pelo menos, em relação as oitavas já ficou assegurado. Porém, mesmo com nomes como o de Hazard (Chelsea), e Lukaku (Everton), De Bruyne (Wolfsburg) e Mertens (Napoli) que armavam bons e rápidos contra-ataques não levaram tanto perigo à defesa adversária. Foi um jogo disputado no qual as defesas estiveram melhor que os ataques. Também a Rússia não, além de marcar bem, não conseguia armar bons ataques e somente arriscou alguns  chutes de fora da área. O meia-atacante Shatov e o centroavante Kokorin tiveram boas oportunidades e perderam. No fim do primeiro tempo já apresentavam sinais de que os 29º C em que jogavam fazia sua parte e a partida passou a ser jogada num ritmo mais lento

Na segunda etapa, as duas equipes mostravam evidentes sinais de cansaço e nem a parada técnica para hidratação deu maior velocidade ao jogo. Aos 20 minutos, alguns dos 73 mil torcedores presentes ensaiaram uma vaia ao fraco futebol apresentado sem grandes efeitos. No campo os jogadores, apesar de desagradar as duas torcidas , ouviram os gritos de segunda divisão sem ter muito mais como correr.  O horário inadequado para o esporte bretão e o esforço haviam minado a capacidade física de muitos deles. Mais para o final o predomínio belga ficou cada vez mais patente com um esforço maior deles para vencer a partida. E, por ter sido melhor e mais persistente, os esforços foram, finalmente, recompensados quando, aos 42 minutos, depois de uma excelente jogada de Hazard, o melhor em campo, Divock Origi, que substituiu Lukaku, recebeu livre para decretar a vitória e garantir a equipe nas oitavas. A Bélgica não tem um time afinado, mas, fez o suficiente para ganhar suas duas partidas e mostrar que não é um time fácil de ser batido. Na atual Copa já é o suficiente. 

Saturday, June 21, 2014

Um empate em alta temperatura


Com um calor de 30 graus Alemanha e Gana foi um jogo que, de fato, ferveu e estabeleceu a regra de que o Castelão não dá muita sorte para os times campeões do mundo. Evidentemente que o time alemão era favorito, mas, em futebol isto somente se confirma no campo ainda mais numa Copa caracterizada por surpresas. Como é normal quando há um desnível de qualidade técnica se esperava que os africanos não tivessem a posse de bola e sim buscassem as possibilidades do contra-ataque. E não foi de forma diferente que o jogo se desenrolou no primeiro tempo.  A surpresa correu por conta de que, com os alemães se poupando, coube a  Gana ter mais chances reais de gol. Neuer teve trabalho em dois lances: um chute bom de Atsu, que limpou e bateu no canto, aos 12 minutos, e numa bomba de Muntari, aos 32, tirada de soco. As jogadas alemãs saíram pelas pontas, especialmente com Özil. Boye, no entanto bem postado, impedia que a bola chegasse a Müller. O atacante teve, uma vez espaço, ajeitou de calcanhar para Kross, que bateu em cima da marcação. E só Götze deu um chutepreciso, aos 37, que Dauda pegou.
Mal começou o segundo tempo a Alemanha abriu o placar, aos 5 minutos, depois de um cruzamento de Müller da direita, que Götze cabeceou mal, mas,  a bola tocou no seu joelho  e entrou. O gol despertou a sensação de que a partida poderia estar definida e a Alemanha iria impor seu ritmo de toque de bola para o tempo passar. Ledo engano. Gana foi para cima e  não demorou a empatar. Aos 8, Afful cruzou da direita para André Ayew, que ganhou pelo alto de Mertesacker e enfiou no cantinho direito. Estava a  Alemanha de novo obrigada a correr, porém, antes que ameaçasse voltar à frente, Hummels errou a saída de bola, Muntari  aproveitou e tocou rápido para Asamoah Gyan, que bateu na saída de Neuer para decretar a inesperada virada. E, não poderia ter liquidado a partida num contra-ataque, três contra dois, quando Jordan Ayew  chutou em cima de Neuer. O técnico Löw  viu que precisava de gás novo e colocou em campo Schweinsteiger e Miroslav Klose. Este, em dois minutos, fez seu 15.º gol  em Copas. Depois do escanteio batido da esquerda, Höwedes resvalou e o pé de Klose apareceu, milagroso, na segunda trave para mandar a bola para dentro. O jogo seguiu emocionante e aberto até o fim, contudo, o placar não mudou mais mesmo com os dois times buscando a vitória. Bom para os Estados Unidos que podem, se ganhar de Portugal, garantir a classificação.


No último minuto


Quem, antes da partida, fosse perguntado como seria o jogo não teria dito outra coisa senão que a Argentina ganharia com facilidade do Irã. Pensava que seriam, pelo menos, dois gols de diferença. Ao meu lado toda a torcida argentina, comentaristas e palpiteiros, ou seja, o mundo inteiro pensando errado. Que a Argentina dominou é verdade. Também foi outro jogo de um time no ataque contra outro na defesa, mas, isto não retira o sofrimento que foi o jogo. Os iranianos se fecharam numa retranca que, apesar dos esforços, parecia impenetrável e, nas raras vezes, em que conseguiram passar encontraram no goleiro Haghighi outro obstáculo difícil. Assim, no primeiro tempo, houve uma nítida vantagem da marcação asiática. Poucas tabelas, alguns chutes de fora da área, cruzamentos, cobranças de falta de tudo se tentou um pouco com um único e mesmo resultado que era o de insucesso diante da retranca adversária.
Na segunda fase, quando se esperava que a Argentina aquecesse, e viesse com tudo, o jogo continuou quase do mesmo jeito e, para surpresa geral, o Irã começou a sair para o jogo e criar melhores oportunidades. Duas boas chances pararam em boas defesas do goleiro Romero. A Argentina dominava, ditava o jogo, porém, até passava a impressão de que poderia ser surpreendida e, de fato, quase acontece, apesar da falta de poder ofensivo do Irã. Fosse um time com um pouco mais de qualidade no ataque e o caldo teria engrossado.
Di Maria, Aguero e Huguain ficaram devendo futebol, e muito, só Messi, que, vez por outra aprontava, parecia estar em campo, porém, isolado, embora, mesmo assim, em duas jogadas tenha criado as melhores oportunidades do time argentino. A Argentina nervosa se atrapalhava no ataque e, no fim, quando tudo parecia sem jeito e o gol improvável partiu para cima, no tudo ou nada, numa pressão desorganizada e pouco eficiente. Ate que, no minuto final, brilhou a estrela de Messi que driblou o zagueiro e, de fora da área, arriscou e marcou um golaço. No final, Argentina 1 x 0 Irã. Era a classificação, mas, tão sofrida que os argentinos cantaram com um certo tom de alívio pelos mais de 90 minutos de espera pelo grito de gol.


Friday, June 20, 2014

A França passeou em campo


A França era favorita. Afinal passou com certa tranquilidade por Honduras e seu time tem jogadores mais criativos e de melhor qualidade, além de Benzema, que, no primeiro jogo havia deixado seu cartão de apresentação. Mas, se esperava um jogo difícil. Foi um resultado surpreendente e proporcionou, a quem esteve na Arena Fonte Nova, mais uma vez o sabor de assistir uma goleada e o melhor desempenho de uma seleção até agora nesta Copa. E em cima de uma seleção que sempre se destacou pela capacidade defensiva. Não que a defesa suíça não seja boa, porém, não conseguiu se acertar diante do futebol ofensivo e rápido da França. Sem dúvida, foi a melhor exibição de uma seleção nesta Copa. Quase tudo deu certo num dia em que a França passeou pelo gramado.
E, no começo, as duas seleções pareciam estar parelhas, embora os franceses parecessem ligeiramente melhor. Mas, foi dominando as ações e, aos 16 minutos Giroud completou um cruzamento de cabeça abrindo o placar. E, no minuto seguinte, numa saída de bola errada em rápido contra-ataque saiu outro gol de Matuidi. O gol desnorteou o time suíço que partiu para cima e conseguiu boas chances. Até que, aos 30 minutosBenzema fez uma jogada na linha de fundo e sofreu penalti de Djorou. Ele bateu, mas, Benaglio defendeu. No rebote, Cabaye chutou no travessão. O jogo ficou meio morno até os 40 minutos quando Giroud apareceu novamente, puxando um contra-ataque fulminante e cruzou para Valbuena somente ampliar.
Veio o segundo tempo com os suíços buscando ir para cima, porém, paravam numa defesa bem postada em campo e tiveram que se contentar em ter as melhores chances chutando de fora da área. E a França sempre assustando com contra-ataques perigosos. Até que, aos 21 Pogba lançou uma bola para a área e o zagueiro falhou. Benzema não. Com precisão meteu por baixo das pernas do goleiro fazendo o seu gol. Desânimo total da Suíça que perdeu a força e teve o castigo aumentado seis minutos com Sissoko marcando o quinto ao receber uma bola limpa de Benzema. Os franceses ainda tentaram fazer mais, porém, sem tanto empenho, depois de terem feito o que era necessário fazer e, diga-se de passagem, bem feito. Dzemaili, aos 35 minutos, cobrando falta por baixo da barreira,diminuiu. E, quando não se esperava mais nada, um passe perfeito pegou Xhaka na área que finalizou de primeira diminuindo o chocolate. Benzema ainda fez um belo gol que o juiz anulou por ter apitado antes o fim da partida. Pena. Ele merecia por comandar o time mais ofensivo da Copa na partida com maior número de gols. A França se candidata com força para ser uma das finalistas, pois, pelo saldo de gols deve ser o primeiro do Grupo F o que lhe oferece a oportunidade de pegar um time mamão com açúcar nas oitavas, exceto se, uma zebra, pouco provável, colocasse a Argentina no seu caminho.



E Costa Rica aprontou mais uma vez




Sem frevo (o jogo esteve mais para uma valsinha), mas, com muito calor, no Recife, Costa Rica se firmou como a surpresa Copa do Mundo. Com uma rodada de antecedência, a seleção da América Central garantiu uma vaga nas oitavas de final no grupo D, de passagem,  eliminando a Inglaterra e forçando Itália e Uruguai a um jogo de vida e morte para decidir quem segue na competição na próxima terça. Claro que, no início do certame ninguém esperaria muito da Costa Rica, que superou as atuações anteriores da equipe nas Copas - jamais o país havia ganho duas partidas seguidas. Era mesmo tido como mais fraco time do grupo  denominado de “grupo da morte” por ter três campeãs mundiais. E, mesmo tendo, na primeira rodada, sido a algoz do Uruguai, superado por 3 a 1, ainda não se acreditava muito que pudesse ganhar da Itália.Vão engano.
A questão é que Costa Rica tem um bom conjunto e se posta muito bem na parte defensiva, troca passes com precisão e tem um contra-ataque rápido que, nem sempre, é muito efetivo, mas, contra a Itália só precisou ser uma vez. A verdade é que a Itália, apesar de ter a iniciativa e mais posse de bola jogou de forma muito lenta. Pode ser que o desgaste físico do jogo contra a Inglaterra tenha influído, porém, não é esta minha opinião. Claro que foi mais difícil jogar com o calor de 30 graus, contudo, o meio de campo italiano joga mesmo de forma lenta e faltou inspiração. Oportunidade de abrir o placar a Itália teve nos pés de Balotelli que não foi feliz ao tentar cobrir o goleiro. Sem dificuldades na defesa Costa Rica se deu ao luxo de atacar e foi criando problemas. Aos 42 minutos Campbell foi empurrado na área por Chiellini e o árbitro não marcou pênalti.  Aos 44 minutos, porém, num cruzamento da esquerda, Bryan James cabeceou a bola que bateu no travessão e caiu já dentro do gol de Buffon. Foi o que bastou.
No segundo tempo se manteve o ritmo do primeiro. Um jogo lento no começo e com uma leve iniciativa italiana que não se transformava em ataques consistentes. Só uma vez ou outra, mais por erros da defesa que pela capacidade de atacar dos italianos- o que só faziam pelo meio buscando Balotelli-mantinha o jogo sem mudança, inclusive do placar. No fim Costa Rica esteve mais perto de fazer outro que a Itália de modificar sua sorte. E assim o único time que não foi campeão do mundo no grupo faz história e se classifica vencendo dois dos times considerados com capacidade de estar nas finais. Já não é surpresa para ninguém. Virou osso duro de roer.




Thursday, June 19, 2014

Luis Suárez, o carrasco inglês


No, até agora, jogo mais emocionante da Copa e, sem dúvida, disputado com empenho e entusiasmo pelas duas equipes, o “matador” Luis Suárez comprovou que é, de fato, no momento, um dos mais mortais artilheiros do mundo. Num jogo em que a posse de bola esteve 62% do tempo com os ingleses, a garra e a competência uruguaia voltaram num jogo onde a Celeste parecia outro time e, mesmo imensamente pressionada, soube tornar a fraqueza em força. Pode-se dizer que, de outra forma, houve um Itaqueraço nos ingleses. Suárez fez o que sabe fazer melhor e foi o bastante.
De fato foi um jogo muito nervoso. As equipes sabiam que era um jogo de vida e morte e jogaram com alma. Logo no começo Godín, aos 8 minutos, cortou uma bola na frente da área com a mão e recebeu o amarelo.  Rooney cobrou no canto direito, Muslera não se mexeu, mas a bola raspou a trave. O Uruguai respondeu aos 15 com uma bomba de Cristian Rodríguez que saiu por cima do gol. O time trocava passes sem muita inspiração, mas, marcava muito bem as movimentações inglesas onde se destacavam Sterling na ponta direita, Welbeck na esquerda e Rooney centralizado, mais próximo de Sturridge, porém, sem conseguirem ser efetivos nas proximidades do gol. Por ironia dos deuses do futebol, quando os ingleses pareciam começar a gostar do jogo, mal tinham acabado de quase fazer um gol, apareceu a chance de um contra-ataque que começou com Álvaro González, Lodeiro acionou Cavani na esquerda. O centroavante esperou Suárez entrar na área pelas costas de Jagielka e cruzou com açúcar para Suárez pegar no contrapé o goleiro Hart e abrir o placar, aos 37 minutos. E nada mais aconteceu até o segundo tempo.

Quando se esperava que a Inglaterra voltasse com tudo, de fato, quem veio foi o Uruguai que, perdeu duas boas oportunidades nos seis minutos iniciais. Os ingleses, logo depois, começaram a querer mandar no jogo e Rooney apareceu, aos 8 minutos, depos que Baines cruzou da esquerda, para chutar de canhota. Muslera defendeu o chute à queima roupa. Aos 16, o lateral uruguaio Álvaro Pereira ficou desmaiado em campo. O joelho de Sterling numa jogada sobrou no seu rosto. Mas, Pereira acordou,  e brigou com os médicos para seguir no jogo, voltando cheio de vontade e  mostrando a disposição do time em relação ao jogo: de ambos os lados ninguém queria perder. A Inglaterra estava um pouco melhor e tomou conta da partida empurrando, nem sempre com muito talento, o Uruguai para seu campo defensivo. O jogo era do ataque inglês contra a defesa e o time celeste passou a esperar um contra-ataque para fechar a partida. E, de tanto procurar,  o empate veio aos 30 minutos. Glen Johnson driblou Godín na direita e cruzou rasteiro para Rooney só tocar para o gol. E foi para cima tanto que, dois minutos depois, Muslera teve que salvar o Uruguai num chute de Sturridge, após girar em cima de Godín. O jogo ficou mais emocionante e mais aberto com o perigo de um contra-ataque e um gol de qualquer lado. O dia, porém, era uruguaio e de Luiz Suárez. Tanto que Muslera deu um balão, Cavani disputou com Gerrard, que raspou de cabeça na bola para esta cair limpa para Suárez disparar até a área pela direita e soltar uma bomba na saída de Hart. O gol da vitória. Um gol de um autêntico matador que selava a sorte inglesa. Não houve tempo de fazer mais nada contra um Uruguai que colocou o coração na ponta da chuteira. Estava escrito que Suárez voltaria para ser o carrasco dos ingleses. 

Colômbia, matematicamente, nas oitavas


Colômbia e Costa do Marfim fizeram um jogo que se não foi lá essas coisas, em termos técnicos, mas, ao qual não faltou calor e emoção. O mar de amarelo, a cor predominante no estádio se mexeu, antes de a bola rolar, na execução dos hinos nacionais, quando a torcida colombiana cantou, como se estivesse em casa. Na verdade estava ou, pelo menos, fez sua casa na festa com que se comportou. Também o marfinense Serey Die chorando de emoção ao cantar o hino de seu país deu mais um toque emocional ao jogo.
O jogo mesmo teve um primeiro tempo muito equilibrado, com as equipes cedendo espaços para contra-ataques, porém, faltava um bom passe final e a marca de um artilheiro que fizesse a diferença. Com o tempo a Colômbia foi ficando levemente  superior, graças aos lances de inspiração de Cuadrado  e James Rodriguez.  Aos 28 minutos, Gutiérrez desperdiçou a melhor chance de todo a primeira etapa com uma conclusão bisonha de um lançamento que recebeu sozinho. Talvez, a consciência do impedimento o tenha incomodado. Só no final os africanos perderam chance similar: Wilfried Bony recebeu na área e furou ao tentar a finalização.

A Colômbia voltou mais decidida na segunda etapa e quase marcou com Cuadrado, logo no início. Mas, o gol só veio, aos 19 minutos, quando Cuadrado bateu escanteio na cabeça de James Rodriguez, que subiu no segundo andar para marcar o primeiro. Ao meu ver com a falta de atenção do goleiro, de vez que a bola veio onde ele estava. Mas, isto não tira os méritos de James que, aliás, tem sido um dos melhores jogadores desta Copa. Costa Rica, para tentar empatar, colocou Didier Drogba em campo. Até chegou perto do empate num chute de Yaya Touré para fora. No entanto, ao saírem jogando errado, aos 24 minutos, viram Serey perder bola no meio de campo e Rodriguez servir Juan Quintero, que tocou por baixo do goleiro Boubacar Barry. Sem chances: 2x0. Mesmo que o jogo parecesse liquidado Costa do Marfim não se abateu. Continuou tentando atpe que numa jogada individual de Gervinho, aos 27 minutos, arrancando da ponta-esquerda, driblou dois marcadores e bateu forte no canto direito de David Ospina, que tocou na bola sem conseguir defender, para diminuir. O gol colocou a emoção em campo. Porém, perigo mesmo só aconteceu aos 39, em outra  boa jogada de Gervinho, Kalou recebeu, mas, bateu fraco, nas mãos de Ospina. Aos 43, foi Quintero arriscou um chute da intermediária e quase surpreendeu Barry. O goleiro se esticou todo e evitou o gol. O resultado deixou o jogo Japão e Grécia ainda mais decisivo para a classificação do grupo. A Colômbia, por sua vez, está nas oitavas de final da Copa. Somente uma combinação de resultados muito imprevisíveis, com um saldo de 4 gols, poderia resultar em sua eliminação, ou seja, matematicamente, está nas oitavas. 

Wednesday, June 18, 2014

Croácia goleia Camarões com facilidade


Que a Croácia é um time bem melhor que Camarões já se sabia até porque fez o Brasil suar a camisa, mas, não se esperava que ganhasse tão fácil quanto ganhou. Logo aos 11 minutos, a bola foi cruzada da direita, a zaga rebateu, Perisic pegou o rebote passando para Olic que só teve que empurrar a bola para o fundo do gol. Embora o jogo parecesse igual na posse da bola, não era na capacidade dos times tanto que, aos 16, a Croácia quase ampliou. Aos 19, os africanos responderam com Song arriscando um chute da intermediária que explodiu na defesa. A impressão, pela melhor postura, de que a Croácia iria vencer se transformou em certeza, aos 39 minutos, quando Song desferiu um soco nas costas de Mandzukic e recebeu cartão vermelho. O primeiro tempo terminou ainda com uma tentativa de Camarões com Aboubakar batendo sobre o gol. Era só mesmo um espasmo. Com um homem a menos não havia muito chance de mudar nada.

No segundo tempo, mal começou, numa saída errada da bola, Perisic avançou com liberdade pelo lado esquerdo e finalizou sem pena para ampliar o placar. Daí para a frente era uma questão de administração. Mas, mesmo assim, a Croácia queria mais. Aos quatro, Mandzukic, cara a cara com goleiro africano, desperdiçou outra chance. Aos 15, Mandzukic subiu mais alto que a zaga e marcou o terceiro. Aos 24, Mbia arriscou de longe, levando perigo ao goleiro Pletikosa. Mas, aos 27, Mandkuzic aproveitou um rebote para marcar o quarto gol e o seu segundo no jogo. Aos 42, Rebic rolou para Rakitic que tentou encobrir o goleiro sem sucesso.  No minuto seguinte Webo cabeceou e a bola foi direto no travessão. A melhor chance de Camarões bateu na trave. No final do jogo houve uma confusão camaronesa quando, por conta da goleada e da eliminação, alguns jogadores de Camarões chegaram a trocar agressões e palavras ríspidas em campo. Até um deles querendo dar cabeçada no outro pintou, mas, a turma do deixa disso evitou um desfecho mais violento. Com o resultado enquanto o jogo entre Croácia e México irá virar um jogo de vida e morte, o Brasil irá pegar a equipe mais fraca de seu grupo eliminada. De qualquer forma cada jogo é um jogo, mas, a tendência é que o Brasil tenha mais facilidade com uma equipe claramente desmotivada. Só não pode vacilar. Camarões pode estar eliminada, mas, ainda tem bons jogadores e capacidade de complicar se não tiverem o devido cuidado. 

Espanha dá adeus à Copa do Mundo


Uma das seleções tidas como favoritas para ganhar a Copa, a Espanha, deu adeus ao torneio logo na sua primeira fase. Em partida disputada no Maracanã o Chile foi um time mais aplicado, que marcou melhor em todo o campo e jogou sempre de igual para igual com a esquadra espanhola, que, até criou boas oportunidades, chutou mais e acertou mais na meta do que os chilenos, porém, foi uma equipe menos efetiva, apesar de ter 56% da posse de bola. A maior efetividade chilena ficou patente desde o início do jogo. Logo no primeiro minuto Vidal tentou um passe para Vargas na área e quase fez o gol quando a bola desviada passou rente à trave de Casillas. No lance seguinte, Jaras deu uma cabeçada perigosa e assustando os torcedores espanhóis. Só, aos 15min, o goleiro Bravo salvou o Chile ao defender um chute de Alonso numa saída errada de bola. Mas, aos 18 min, Alonso errou na defesa, Aránguiz aproveitou para cruzar para Vargas, que tirou Casillas da jogada e bateu para estufar as redes. O gol deixou os espanhóis completamente abalados. Aos 27min, com Diego Costa chutando de primeira após cabeçada de Silva, acertou a rede pelo lado de fora. Os chilenos se mantiveram calmos, aplicados e bem postados em campo e, aos 43min, foram premiados pelo empenho:. Sánchez cobrou falta para o gol e Casillas rebateu para o meio da área, onde Aránguiz, de bico, marcou o segundo gol do Chile.

Bem que, no segundo tempo, a Espanha com Koke no lugar de Xabi Alonso mostrou disposição para reverter o placar. Veio mais ofensiva, mas, perdeu duas chances claras logo nos primeiros minutos. Iniesta deu um grande passe para Diego Costa, que foi travado na hora do gol. Aos 9, Sergio Busquets recebeu cruzamento de bicicleta de David Silva, ficou livre na pequena área, pegou de mal, de canela e jogou fora. A Espanha, depois de um começo furioso sem sucesso perdeu o fôlego. Parecia resignada com a sorte, pois, passou a trocar passes sem objetividade enquanto o tempo passava. Nas poucas vezes que ameaçou, com chutes de fora de área, Bravo, o goleiro chileno, fez uma grande e algumas boas defesas. A Espanha, a campeã da Copa passada, só resta cumprir tabela contra a Austrália. Se despede de forma melancólica e precoce, mas, os méritos do Chile são indiscutíveis: jogou com garra, determinação e com a objetividade de um time que será difícil de ser batido. 

Prevaleceu o talento holandês



Holanda e Austrália fizeram um jogo em que se alternaram momentos sonolentos, com algumas passagens vibrantes, gols bonitos e muitas faltas. No fim quem foi assistir não teve queixas, porém, a grande realidade é que a Holanda começou a partida meio desinteressada, como se fosse apenas cumprir mais uma partida e a Austrália bem posicionada marcava bem os três melhores jogadores do adversário, Sneijder Robben e Van Persie, que ficaram apagados durante um bom espaço do primeiro tempo. A Austrália, mesmo sem produzir jogadas capazes de ganhar o jogo, conduzia a partida. Ocorre que, na luta entre um padrão mecânico de jogo e o talento, este último brilhou quando, em rápido contra-ataque, Robben carregou a bola sozinho por toda a esquerda e chutou com precisão para fazer 1 a 0 aos 20 minutos. Se, com o gol parecia que se poderia modificar o panorama, mal a bola saiu acertaram um cruzamento da direita, para o destro Cahill que, de sem pulo, chutou forte, de perna esquerda, batendo o goleiro holandês Cillessen num dos mais belos gols da Copa. E o primeiro tempo continuaria a ser o que tinha sido: um jogo de muitas faltas, movimentado, mas, sem lances de boa qualidade que ensejassem novos gols.
No segundo tempo a partida não se iniciou muito diferente. Uma Holanda apática seguia sendo dominada pelo jogo mais consistente, e mecânico, da Austrália, que chegou à virada aos 9 minutos, num pênalti claro de Janmaat, que, sem querer, desviou a bola com o braço dentro da área. Jedinak bateu e decretou a surpreendente virada: 2 a 1. O gol, pelo menos, serviu para ligar o alerta para o time holandês que não se acertava. O que deu certo foi, novamente, a qualidade da equipe. Depay achou, num lançamento preciso, Van Persie que, implacável, chutou de esquerda no ângulo empatando de novo. O gol, no momento em que a Austrália estava muito melhor, revigorou a Holanda que passou a ser mais incisiva e logo fez outro gol, desta vez do atacante Depay, que chutou de longe e o goleiro aceitou uma bola defensável. A virada acendeu a Holanda, que passou a atacar muito mais e controlar a Austrália, porém, o placar seria mais movimentado. A Holanda deu para o gasto mostrando que, mesmo num dia ruim, tem jogadores de talento e carimbou sua passagem para a outra fase.



Tuesday, June 17, 2014

Não fizeram o dever de casa


Dizer que o Brasil jogou mal é não reconhecer a qualidade do time do México. Nem o Brasil foi burocrático. É melhor dizer que o Brasil, não foi brilhante num jogo que foi um pouco melhor que o adversário e dar o mérito a quem tem direito. Em primeiro lugar ao técnico mexicano que posicionou seu time para jogar no contra-ataque e, em segundo lugar, ao grande nome do jogo: o goleiro Ochoa. Fez uma defesa consciente e excepcional numa cabeçada de Neymar e defendeu duas bolas que não saberia explicar como não entrou, mas, goleiro sem sorte nunca foi bom goleiro e ele teve. Viva Ochoa! Para lembrar o passado ele é o Castilho mexicano, goleiro que ficou famoso pela que chamamos de leiteria, quando a qualidade não resolve, a sorte resolve. Claro que quem vibra, e vibrou, com ele foi o México. Para nós foi um verdadeiro carrasco. O culpado maior por um jogo sem gols.
A grande realidade é que ao time do Brasil continua faltando um meio de campo consistente. No jogo anterior, mesmo extremamente louvado, Oscar foi um volante. E Paulinho, como no jogo contra o México, não reeditou suas grandes atuações da Copa das Confederações. Luiz Gustavo é um jogador excelente na marcação, mas, arma pouco. O Brasil sofre sem meio de campo. Fred não recebeu uma bola boa. Neymar é obrigado a tentar ser a solução. Não vai ser sem resolverem o problema do meio de campo. Ramires foi o bobo da corte, inclusive fazendo uma falta onde não devia. Aliás, é inexplicável como um jogador tão bom tecnicamente tem uma propensão tão grande para levar cartão amarelo por bobeira.

A verdade é que, ao meu ver, Felipão errou, ao trocar Ramires por Bernard. O nome bom era William e trocar Fred por Jô é seis por meia dúzia. Depois tirou Oscar para colocar, finalmente, William. O ideal seria ter tirado Paulinho, que não vem jogando o que se espera dele, e tentar fazer o time jogar com Oscar, Ramires e William. O que vai adiantar dizer isto agora? Felipão tem seus conceitos e sua visão do jogo. Tudo bem. Sorte nossa que o México que jogou com uma concepção de contra-ataque não acertou,  não encaixou nenhum. Porém, foi um jogo de duas boas equipes com maior capacidade de defesa que de ataque. O jogo, sejamos justos, poderia ter sido 1 a 0, para qualquer lado, no entanto, para um time que deseja ser campeão como o Brasil tem um sabor desagradável: demonstra que somos um time ainda em busca de sua melhor formação. Não é o fim do mundo. Mas, tanto pode se o começo do fracasso como do sucesso. De qualquer forma os mexicanos devem estar mais felizes que os brasileiros. A obrigação de ganhar era do Brasil. Não fizeram o dever de casa. Vão ter que fazer em cima de Camarões. 

Bélgica confirma favoritismo com dificuldade


A Bélgica, uma equipe de jogadores de muita técnica de grandes clubes europeus, ao voltar a disputar a Copa, depois de duas edições, estava sendo cotada como uma das seleções com grandes possibilidades de aparecer entre os finalistas. Não é para menos, pois, tem estrelas como o goleiro Courtois, campeão espanhol pelo Atlético de Madri, o zagueiro Kompany, campeão inglês pelo Manchester City, e o atacante Hazard, um dos maiores destaques do Chelsea. Mas, encontrou na Argélia um time muito bem postado com duas linhas compostas por nove homens que não deixavam as jogadas serem armadas até porque estavam sendo armadas em compasso de valsa. A Bélgica se mostrava, no primeiro tempo, um time lento e sem criatividade. Num determinado momento, como a Argélia não atacava, até pareceu que iria se repetir o fiasco de Irã e Nugéria, do Grupo F, que protagonizaram o primeiro empate sem gols da Copa. Até que, na única jogada que conseguiram criar, o atacante Feghouli sofreu um pênalti que converteu em gol com extrema precisão. Embora tentando acelerar o jogo os belgas nada conseguiram fazer de concreto no primeiro tempo.

No segundo tempo o técnico Vahid Halilhodzic começou por colocar Mertens e Origi, para acelerar o meio campo e tirar Lukaku, que não rendeu muito, e colocar Fellaini para tentar melhorar o ataque. E as substituições deram certo com o time conseguindo obter mais espaços e se passar a ser mais contundente no ataque tanto que, aos 22min, Origi recebeu em profundidade e tocou na saída de M’Bolhi, com o goleiro fazendo uma grande defesa. Finalmente de tanto persistir, aos 25min, De Bruyne lançou pelo alto, da ponta esquerda, uma bola que Fellaini desviou de cabeça empatando a partida – sem defesa a bola ainda tocou no travessão antes cair na rede. A Argélia não conseguiu, em momento algum mais demonstrar reação. O declínio físico foi visível e o time estava tão acostumado a se defender que não sabia mais o que era atacar. O resultado é que não resistiu. Hazard puxou um contra-ataque, aos 34 minutos, arrastou a marcação para a esquerda e passou a boca para direita, onde Mertens recebeu somente para bater virar o placar. Fellaini quase fez outro, em boa cabeçada, com outra grande defesa de M’Bolhi. Ainda quase apronta outra vez, depois, mais escorregou na hora h. E foi só, fora a festa que a torcida da Bélgica fez no Mineirão.